Miguel Ângelo é ator (Foto: Jordan Vilas)

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Miguel Ângelo fala sobre representatividade na TV: ‘Me sinto muito honrado’

O intérprete de Romeu, de 'A Infância de Romeu e Julieta', é inspiração para outras crianças negras

O ator mirim Miguel Ângelo brilha na novela “A Infância de Romeu e Julieta”. Na trama de Íris Abravanel, dirigida por Ricardo Mantoanelli, Miguel interpreta Romeu Monteiro, filho de Vera (Bianca Rinaldi e Bernardo (Fábio Ventura), morador do luxuoso condomínio Residencial Verona, construído por seu avô, Leandro Monteiro, no lado Torre do bairro Castanheira. 

Nascido na Cidade de Deus, uma favela da periferia do Rio de Janeiro, Miguel Ângelo precisou se mudar para São Paulo, junto com a mãe, Vânia Regina da Silva, para viver seu primeiro protagonista na Tv aberta. E apesar de só ter 13 anos, o ator sabe da responsabilidade que carrega e da inspiração que representa para outras crianças negras que não tiveram a mesma oportunidade. Em “A Infância de Romeu e Julieta”, Romeu faz parte da família rica e empoderada da novela, o que é ótimo para a dramaturgia gerar reflexão sobre conceitos e chances para as próximas gerações.

“Eu me sinto muito honrado em poder mostrar que podemos ser o que quisermos, mas entender também que não é fácil realizar os nossos projetos e sonhos. E como é importante para nós, nos vermos em outras pessoas como nós, do outro lado, narrando outra história, de amor, carinho, prosperidade, respeito e potência para gerar sonhos. Então, é Ubuntu: ‘eu sou porque nós somos’”,  declara Miguel Ângelo.

Quem pensa que o ator está estreando no mundo das artes, está completamente enganado. Sua carreira começou em 2014, quando participou da série “O Caçador”, dirigida por José Alvarenga Jr e Heitor Dhalia, disponível na HBO Max. Em 2018, Miguel Ângelo fez uma participação no curta “O Nosso Legado”, exibido pela ONU (Organização das Nações Unidas) em Nova York. Também atuou em “Barba, Cabelo e Bigode”, longa da Netflix, de 2022, dirigido por Rodrigo França e Leticia Prisco. E na série da Netflix, “Candelária”, com direção de Luis Lomenha e Marcia Faria, ainda inédita. No teatro, ele atuou no infantil “O Mágico de OZ” e na peça “O Amor Como Revolução”, adaptação do livro homônimo do pastor Henrique Vieira, dirigida por Rodrigo França e coproduzida por Lázaro Ramos.

O talento do jovem ator tem sido reconhecido. Ele ganhou o Prêmio Jovem Brasileiro, na categoria Jovem do Futuro, e venceu o 1º Prêmio Arteblitz de Novela, na votação popular, como Melhor Ator Revelação, categoria em que foi a única criança indicada. Ele também foi um dos finalistas, na categoria Melhor Ator Mirim ou em Papel Adolescente, no Prêmio Noticias de Tv, e foi  indicado ao Prêmio Área Vip- Melhores da Mídia 2023, como “Melhor Talento Jovem de 2023”. No momento, Miguel concorre na categoria melhor ator protagonista, no Prêmio N1 Entreter, com Tony Ramos, Lázamos Ramos e Cauã Reymond.

Fato é que, no que diz respeito à sociedade brasileira, Miguel Ângelo já é um vencedor por todas adversidades que um menino pobre, negro, da periferia, filho de mãe solo, precisa enfrentar e, principalmente, por suas conquistas e o espaço que ele tem aberto para as novas gerações.

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