A atriz Giselle Itié compartilhou momentos de sua trajetória como mãe no podcast Exaustas, que apresenta ao lado de Samara Felippo e Carolinie Figueiredo. Durante a conversa, Giselle revelou que, embora sempre tenha sonhado em ser mãe, chegou a considerar interromper a gravidez de Pedro Luna, seu filho de 3 anos, devido à relação complicada com o ex-marido, Guilherme Winter.
“A primeira emoção, o primeiro sentimento foi de plenitude. Filho, vou ser mãe, amo criança e sempre tive vontade de ser mãe. Só que quando a ficha foi caindo e comecei a ser mais objetiva, olhei para o pai do meu filho e comecei a questionar. Será que vou conseguir ir para frente com essa relação para o resto da vida? Sim, foi uma relação tóxica e não estou julgando quem é tóxico, era uma relação tóxica de duas pessoas e já estava muito óbvio que não ia para frente”, disse a atriz.
A decisão de continuar com a gravidez veio após uma conversa franca com sua família, a quem Giselle agradece pelo apoio incondicional. “Sou muito grata porque tenho uma família muito unida, que sempre me acolheu em todas as questões da minha vida. Sentei com a minha família, conversei com eles e perguntei o que faria. Eles disseram: ‘Gi, a gente está com você para o que você decidir, mas pelo que a gente te conhece não vale a pena tirar um sonho’. Não vale a pena passar por essa violência por conta de um homem”, relembrou.
No episódio, Giselle também destacou sua visão sobre o direito de escolha e os desafios enfrentados por mulheres em relações abusivas. “Quando a gente fala que é a favor do direito de escolher pelo aborto, a gente tem certeza que é uma violência”, afirmou.
A atriz relembrou ainda as conversas que teve com Samara e Carolinie sobre maternidade, marcadas por reflexões sobre as relações com os pais de seus filhos. “Perguntei para mim e para vocês, porque tanto o pai dos seus filhos e o das suas filhas são pessoas que a gente fala…”, comentou Itié. Samara completou: “São violências que de dentro a gente não enxerga.” Carolinie adicionou: “E de anos atrás que não eram tão nomeados. A gente tá falando dos nossos filhos de 13 anos atrás, de 10 anos atrás, fomos percebendo juntas onde fomos machucadas.”
A conversa trouxe à tona questões delicadas sobre maternidade, relacionamentos e as dificuldades enfrentadas por mulheres em contextos de violência emocional, destacando a importância do apoio e da conscientização coletiva.