O futuro da safra brasileira de café arábica 2026/27 está, neste momento, nas mãos do clima. A etapa inicial de desenvolvimento das lavouras exige atenção redobrada, especialmente entre os produtores rurais de São Paulo e do Sul de Minas Gerais, regiões-chave para a produção nacional.
Um recente levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) confirmou a expectativa do setor: as precipitações são vitais. Embora o início da temporada tenha sido marcado por floradas bastante expressivas, conforme observado nas principais áreas produtoras na primeira quinzena do mês, a falta de chuvas volumosas nos últimos dias acende um sinal de alerta.
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A chuva é crucial para garantir o “pegamento” e o desenvolvimento inicial dos frutos, conhecidos como “chumbinhos”. Sem a umidade adequada, há um risco de queda desses frutos, comprometendo seriamente o potencial produtivo da colheita. Apesar disso, pesquisadores indicam que as condições climáticas de outubro, com umidade satisfatória e temperaturas mais amenas, foram, em geral, mais favoráveis para o florescimento do que em anos recentes.
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A esperança do setor está agora concentrada nas previsões meteorológicas. O Sudeste do Brasil aguarda a chegada de chuvas nos próximos dias, que poderiam aliviar a preocupação e assegurar que o desenvolvimento dos chumbinhos prossiga de forma saudável, garantindo um bom volume para a safra futura.