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Bárbara Paz é convidada de Marcelo Tas (Foto: Beatriz Oliveira)

Bárbara Paz é convidada de Marcelo Tas (Foto: Beatriz Oliveira)

Televisão

Programação

Bárbara Paz fala sobre polêmicas e exposição em entrevista exclusiva ao Provoca

Programa será exibido nesta terça (7), na TV Cultura

No Provoca desta terça-feira (7)Marcelo Tas recebe a atriz, autora e diretora Bárbara Paz. Conhecida por seus papéis marcantes em filmes e novelas, a artista também tem experimentado outras facetas de sua arte. Bárbara conquistou reconhecimento pela direção do documentário Babenco – Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou, indicado pelo Brasil para disputar vaga no Oscar 2021.

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Neste ano, promoveu a exposição “Auto-Acusação”, um projeto pessoal que ficou em cartaz em São Paulo no começo do ano, e que vai estrear no Rio de Janeiro em novembro. No bate-papo, ela fala sobre si, os projetos em que tem trabalhado, grandes marcos de sua vida e planos para o futuro. Vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22h.

Um dos destaques da conversa entre Tas e Bárbara foi sua exposição individual. Realizada e idealizada pela atriz, a videoinstalação retrata as marcas que ficaram em seu corpo depois do acidente de carro que sofreu em 1992, assim como seus significados para ela. A artista, que diz ser constantemente lembrada por Babenco – feito como um presente ao ex-marido, o diretor Héctor Babenco, que faleceu em 2016 -, diz: “(…) eu quis voltar e dar um presente para mim. E eu quis dar um presente para as minhas cicatrizes. Eu acho que chegou a hora, é agora. Porque, para mim, a vida é agora”.

Paz também fala de sua relação com a mãe, de quem ela cuidou desde muito cedo. “(…) minha mãe adoeceu quando eu nasci, (…) ela (fez) hemodiálise por 17 anos. Imagina uma criança com 6 anos, vai dormir na cama da mãe, e eu dormia abraçada com a minha mãe até os meus 17, porque ‘se ela morrer…’. (…) ela passava a noite com dor, me contando histórias de bailes, de amores, poemas – ela era uma poetisa também -, e essa história que me fez quem eu sou. Essa mulher, chamada Iray, que fez quem eu sou. E se não tivesse ela, esse amor que ela me deu e esse cuidado que eu dei a ela sem querer… eu não tinha opção, ela não podia ir na escola comigo, eu ia sozinha. Então eu passei a minha vida toda acompanhando ela até os meus 17”.

“Eu não acho que eu fui artista lá, (…) eu fui gente. Porque o artista já está com a maquiagem, e ali eu não estava maquiada. (…) isso causou uma vitória, e isso causou também o outro lado da moeda: de popularidade, mas de falta de credibilidade. (…) algumas pessoas que eu encontro – muitas, aliás, que eu encontro com muito amor por mim, que eu não conheço, que acompanharam toda a minha trajetória e me conheceram lá – como se eu fosse filha (…) e eu me emociono muito, e acontece muito. Eu acho que eu vou morrer a menina da Casa dos Artistas! E eu acho lindo, porque não foi a artista: foi a gente, foi a pessoa ali. (…) eu acho que eu fui documentada ali, de alguma forma. Fui documentada amando, fui documentada chorando, fui documentada sendo eu”

Bárbara Paz sobre sua participação no reality Casa dos Artistas, em 2001
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