O café faz parte da rotina de grande parte da população e costuma ser utilizado para aumentar a energia logo no início do dia. A sensação de disposição é resultado da cafeína, estimulante natural do sistema nervoso central que eleva o estado de alerta, melhora a concentração e reduz a percepção de cansaço.
Quando consumida de forma moderada, a cafeína pode auxiliar em momentos de maior demanda mental, como períodos prolongados de estudos ou concentração intensa. Porém, o excesso tende a provocar efeitos adversos, incluindo insônia, ansiedade, aumento dos batimentos cardíacos, irritabilidade e desconfortos digestivos.
Limite de cafeína para adultos
Orientações internacionais indicam que o consumo seguro para adultos saudáveis é de até 400 mg de cafeína por dia, quantidade equivalente a aproximadamente duas a quatro xícaras de café. Acima desse patamar, aumentam os riscos de efeitos colaterais relacionados aos sistemas nervoso e cardiovascular.
Mesmo assim, algumas pesquisas mostram que parte dos consumidores ultrapassa esse limite diariamente, com uma parcela significativa relatando o consumo de mais de seis xícaras por dia e aumento da ingestão nos últimos anos.
O problema surge quando o café passa a ser utilizado como sustentação para atividades corriqueiras, indicando perda de controle sobre a quantidade ingerida. O uso frequente pode levar ao desenvolvimento de tolerância, exigindo doses cada vez maiores para alcançar os mesmos efeitos estimulantes.
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Com o consumo elevado, podem ocorrer insônia, palpitações, nervosismo, dores de cabeça e alterações no funcionamento gastrointestinal. Já a redução abrupta da cafeína pode desencadear sintomas de abstinência, como fadiga intensa, dificuldade de concentração, irritabilidade e oscilações de humor.
Como substituir ou reduzir o café na rotina
Para manter energia e foco sem depender exclusivamente da cafeína, estratégias nutricionais e comportamentais podem ser úteis. Entre elas:
• Redução gradual do consumo, evitando cortes bruscos.
• Substituição parcial por chás aromáticos e funcionais, como chá verde com especiarias ou rooibos.
• Inclusão de bebidas modernas, como chai latte, que oferecem sabor e leve estímulo.
• Fracionamento das refeições ao longo do dia para evitar longos períodos em jejum.
• Prioridade para alimentos ricos em fibras e proteínas magras.
• Consumo de oleaginosas e frutas secas.
• Boa hidratação.
• Alimentos que apoiam o desempenho cognitivo, como banana e aveia.
Práticas de estilo de vida saudável, como atividade física regular e cuidados com o sono, ajudam a manter energia e disposição de forma equilibrada. A combinação dessas estratégias reduz a dependência da cafeína e promove bem-estar de maneira mais sustentável.