O caso do bolo envenenado, que abalou o Brasil, teve novos desdobramentos nesta segunda-feira, 20. Resultados de exames realizados pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) revelaram a presença de arsênio nas amostras de urina do marido, filho e sogra de Deise Moura dos Anjos, principal suspeita de envenenar a família.
Deise, que se encontra presa temporariamente, é acusada de homicídios e tentativas de homicídios envolvendo um bolo envenenado. A investigação aponta que Zeli dos Anjos, sua sogra, foi o “principal alvo” do crime, e a vítima ficou internada por 19 dias após ingerir o bolo.
O arsênio, substância altamente tóxica que pode provocar desde intoxicação até câncer e morte, foi encontrado nas amostras de Diego Silva dos Anjos (marido de Deise), de seu filho e de Zeli, segundo o g1. Os exames ainda passam por análises mais aprofundadas, com previsão de conclusão até o final da semana.
Outras mortes
A mulher também é investigada pela morte do sogro, que faleceu em setembro após consumir a substância.
Além disso, a Polícia Civil investiga indícios de outros envenenamentos, incluindo a morte do pai de Deise, José Lori da Silveira Moura, que teria falecido em 2020, supostamente por cirrose, mas agora é possível que ele tenha sido uma vítima de envenenamento.
A defesa de Deise, que se manifestou em janeiro, alegou que as informações divulgadas ainda não foram formalmente apresentadas no processo e que aguarda o recebimento de mais provas para fazer uma análise completa.
O caso ocorre em Torres, cidade no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, e segue em investigação com a possibilidade de novas exumações.