A ascensão das redes sociais na última década tem moldado profundamente a maneira como as pessoas, especialmente os adolescentes, enxergam seus corpos. O constante bombardeio de imagens “perfeitas” nas plataformas digitais tem gerado uma pressão crescente para alcançar um padrão estético idealizado, levando muitos jovens a buscarem soluções no bisturi.
Segundo o cirurgião plástico Dr. Sérgio Cruz, a exposição exacerbada às redes sociais fomenta comparações incessantes, o que pode desencadear insatisfações corporais em adolescentes.
“O jovem está em uma fase de descobertas e mudanças intensas. A influência das redes sociais pode ser perigosa, já que muitos se sentem pressionados a corrigir ‘imperfeições’ que, na verdade, são naturais nessa etapa da vida”, alerta o especialista, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Entre as intervenções mais procuradas pelos adolescentes, destacam-se a rinoplastia, realizada a partir dos 15 anos, e a colocação de próteses de silicone nos seios. Essas cirurgias, segundo o Dr. Sérgio, são frequentemente impulsionadas pela necessidade de se encaixar em um padrão de beleza amplamente divulgado nas redes sociais.
No entanto, o médico ressalta a importância de uma avaliação criteriosa antes de qualquer procedimento estético. “A cirurgia plástica deve ser vista como uma ferramenta para melhorar a autoestima e o bem-estar, mas nunca como um meio para alcançar uma aparência padronizada”, enfatiza. O médico também aconselha os jovens a resistirem à tentação de se comparar com outras pessoas evitando expectativas irreais.
Ao final, Dr. Sérgio Cruz reforça que a decisão por uma cirurgia plástica deve ser tomada com muita responsabilidade. “Cada jovem tem sua própria beleza, e é essencial que ele a reconheça e valorize. A intervenção cirúrgica deve ser uma escolha consciente e segura, sempre visando o bem-estar pessoal, não a conformidade com padrões externos”, conclui o especialista, que também é bastante atuante em suas redes sociais e compartilha insights sobre diversos temas.
