O filme Arca de Noé, inspirado nas icônicas canções do poeta, escritor e compositor Vinicius de Moraes (1913-1980), estreou nos cinemas em 7 de novembro, encantando tanto crianças quanto adultos. A animação traz Rodrigo Santoro (49) e Marcelo Adnet (43) como protagonistas, representando o “poetinha” e o músico Tom Jobim (1927-1994), respectivamente.
Em entrevista à TV CARAS, Santoro destacou a conexão emocional com o projeto, relembrando sua infância. “É como reencontrar uma emoção vivida”, comentou o ator sobre o impacto nostálgico do trabalho.
“É uma oportunidade de falar de coisas lindas como a amizade e da obra de Vinícius Moraes – que ultrapassa o tempo e está aqui sendo apresentada por uma nova geração. Por exemplo, a minha filha mais velha, a Nina, ela já conhecia, porque eu já tinha apresentado algumas músicas antes de ter recebido o convite para fazer a animação, mas é diferente. Quando comecei a ensaiar, já tocava um pouco de violão para ela (…)”, inicia Santoro.
“Menininha (música) foi um momento muito emocionante, porque quando escutei, quando era criança, me lembro de como essa música mexia comigo. Eu não sabia exatamente por que, tinha alguma coisa que quando eu escutava, falava: Nossa, que doçura, que coisa bonita! E agora, tenho que cantar, inclusive, num tom acima do meu; tive que aprender a cantar essa música. Foi muito bonito estar com ela, mas num lugar diferente de quem está cantando, está tentando encontrar a voz para cantar essa música. Então, é muito especial, uma experiência diferenciada das outras”, completou o ator.
Com direção de Sérgio Machado e Alois Di Leo, Arca de Noé é apontada como a maior animação já realizada no Brasil, elevando o padrão do cinema nacional no gênero.
Para Rodrigo Santoro, participar de Arca de Noé tem um significado especial. A animação resgata a magia da obra lançada em 1980, um projeto que materializou o antigo sonho do poeta Vinicius de Moraes.
“É um encontro! Vou falar da minha experiência, estando com a minha filha no cinema. Ela está conhecendo a obra e eu estou revivendo a obra. Então a criança dentro de mim está reencontrando uma emoção que foi vivida no passado, está viajando no tempo, e ao mesmo tempo elaborando tudo isso como adulto”, declara o astro.
“E a criança está ali conhecendo uma obra fantástica, que está chegando até ela por meio de uma linguagem mais sintonizada com o mundo que a gente vive hoje. Os ritmos, os arranjos musicais (…) eles são pensados para os públicos infantil e juvenil dos dias de hoje. Mas, de repente entre uma cena e outra, você vai escutar um arranjozinho nostálgico, que vai te lembrar (…) Então, a gente contempla o público de forma geral”, finalizou.