A morte do jornalista e apresentador Cid Moreira, nesta quinta-feira (3), aos 97 anos, trouxe à tona uma antiga disputa por sua fortuna, estimada em R$ 40 milhões. A briga entre os herdeiros já vinha se desenrolando há algum tempo, com seus dois filhos, Rodrigo e Roger Moreira, questionando a capacidade de Cid de gerir sua própria vida enquanto ele ainda estava vivo.
Os filhos alegaram que o ex-apresentador já não estava em condições de cuidar de seus próprios assuntos, pedindo a interdição dele. Eles também solicitaram a prisão da esposa de Cid, Fátima Moreira, com quem ele era casado há mais de 15 anos, sob acusações de “dilapidação de patrimônio”.
Rodrigo e Roger moveram uma ação na Vara do Idoso de Petrópolis, ciadde onde o casal residia, acusando a madrasta de maus-tratos e cárcere privado. Eles também pediram a guarda do pai, conforme informações divulgadas pela Veja em julho deste ano. Apesar das alegações, Cid e Fátima apareceram juntos em várias ocasiões nas redes sociais, sempre reafirmando que o jornalista estava plenamente lúcido e capaz de tomar decisões sobre sua vida.
Na manhã de quinta-feira, 3 de outubro, Cid Moreira não resistiu às complicações decorrentes de uma doença renal, que já exigia sessões regulares de hemodiálise. Inicialmente, o tratamento foi realizado em um hospital, mas posteriormente passou a ser feito em casa, com o auxílio de sua esposa.
Famoso por sua voz icônica, Cid Moreira deixou sua marca na história da televisão brasileira ao apresentar o Jornal Nacional da Globo por 27 anos. Sua estreia ocorreu ao lado de Hilton Gomes em 1969, mas sua parceria mais lembrada foi com Sérgio Chapelin, com quem dividiu a bancada por mais de uma década.