Giovanni Venturini (Foto: Divulgação / YouTube: Premiação Festival de Cinema de Locarno)

REPRESENTATIVIDADE

Ator com nanismo abre jogo sobre bastidores de série: ‘Quase arrumei uma briga’

Giovanni Venturini destaca como quase brigou em Justiça 2 por representatividade.

Na estreia da segunda temporada da série Justiça, o ator Giovanni Venturini trouxe a luz um quase conflito interno na produção. Em meio à coletiva de imprensa sobre o lançamento, Venturini revela um episódio marcante nos bastidores da produção, onde quase se envolveu em uma discussão com a autora Manuela Dias.

“Quando li a história, quase arrumei uma briga com a Manuela, ela não sabe disso. Eu estava lendo e falei: ‘Nossa, ela não falou sobre o nanismo, eles vão colocar um ator que não é cadeirante, eu preciso avisá-la, eu preciso falar que não pode”

Giovanni Venturini em coletiva de imprensa

A questão da representatividade ganhou destaque quando o papel de um personagem cadeirante foi mencionado. A autora da série, Manuela Dias, compartilha que a busca por um ator cadeirante foi uma prioridade para a equipe de produção:

A gente tava decidido a procurar por todo o planeta um ator que que fosse ator, isso eu acho que é o mais importante. A gente queria um grande ator, um ótimo ator. Em algum momento a gente pensou: ‘Qual vai ser o nosso limite? E se a gente não encontrar um ator tão bom? A gente vai ceder ou não?’. E uma hora a gente falou: ‘Não, a gente vai pra um ator muito bom’. Eu quero dizer Luciano, você já sabe disso. Mas você está escalado porque você é um ator muito bom e que arrasou na série e todos vão ver”, disse Dias.

A insistência em encontrar um ator com os corretos traços para interpretar o papel, como Giovanni Venturini, reflete o compromisso da equipe com a diversidade e a inclusão. Manuela Dias destaca a importância de investimentos nesse processo de busca e incentiva outros autores a seguirem o mesmo caminho. “É uma decisão que custa dinheiro e que é muito importante o investimento que tem que ser feito”, ressalta a escritora.

Para a autora, a representatividade na televisão vai além de um simples desejo, é uma necessidade fundamental. “Achei muito legal, é um prazer fazer parte desse momento que é muito maior que a gente, é um momento fundamental de transformação”, conclui Manuela Dias.

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