O atleta de decatlo José Fernando Ferreira, conhecido como “Balotelli”, criticou os uniformes fornecidos aos atletas brasileiros para os Jogos Olímpicos de Paris-2024. Segundo Ferreira, o material recebido é inadequado para a quantidade de provas que ele disputa, obrigando-o a gastar do próprio bolso para adquirir sete pares de sapatilhas.
“Foi decepcionante receber o material da seleção. Sempre imaginei que na Olimpíada receberíamos uma mala completa com tênis, roupas e sapatilhas, mas não é o caso”, escreveu Ferreira em seu perfil na rede social X (antigo Twitter). A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e a Puma Brasil, responsável pelos materiais, não responderam aos pedidos de comentário.
O decatlo, composto por dez provas em dois dias, exige diversos equipamentos específicos. Ferreira afirmou que usa sete sapatilhas diferentes, cada uma para uma prova específica, e que, sem patrocínio, teve que comprá-las por conta própria. Os custos com sapatilhas podem chegar a R$ 5.600, considerando que cada par custa cerca de R$ 800.
Em seguida, além das sapatilhas, Ferreira apontou a quantidade limitada de roupas no kit fornecido para as Olimpíadas 2024. O conjunto inclui apenas uma regata, um macacão de treino e um short. “Vou ter que lavar meu material na Vila Olímpica após as provas do primeiro dia ou competir com ele sujo no dia seguinte”, lamentou.
Sobre a parceria
A parceria entre a CBAt e a Puma Brasil começou em 2022 e foi estendida até 2032, abrangendo os Jogos de Los Angeles-2028 e Brisbane-2032. No entanto, problemas com os uniformes persistem. Ferreira não é o único a reclamar; Izabela Rodrigues da Silva também criticou a falta de uniformes adequados em tamanhos femininos. Ferreira treina cerca de 20 horas por semana e enfrenta custos significativos para competir em alto nível. A Puma lançou os uniformes para as Olimpíadas 2024 em abril, mas a campanha de lançamento incluiu atletas que não estarão nos Jogos, como Neymar, gerando mais descontentamento entre os atletas de atletismo.
