Glenda Kozlowski teve um 2023 cheio de mudanças. Ela deixou o Rio de Janeiro e se tornou apresentadora do Melhor da Noite na Band, ao lado de Zeca Camargo (60). Além disso, investiu em empreendedorismo e teve que lidar com a distância dos filhos, Gabriel (27) e Eduardo (18), que já não moram com ela.
Em entrevista à revista CARAS, a famosa abriu o jogo sobre essa nova fase. “Eu deixo a vida me levar! Nunca imaginei estar aqui. A pandemia nos ensinou a pensar no agora. Confio em Deus e no universo, está tudo certo”, declarou.
Ao ser questionada sobre como está sendo o comando do ‘Melhor da Noite’, Glenda contou: “Tudo novo! Demanda muita energia, tem público, uma pegada diferente de jornal. Sou muito expansiva, alegre, feliz. Tenho que dar uma segurada… Maquiagem nova, a roupa que visto é diferente da que usava no esporte”.
Já sobre a troca do esporte pelo entretenimento, a jornalista definiu que não existiram grandes mudanças além do físico. “Não penso dessa forma, que fui para o entretenimento. Penso que estou fazendo o que gosto de fazer: apresentar, comunicar, trazer o lado humano. Isso eu já fazia no esporte e nas redes sociais. Como eu nunca fui um personagem no meu trabalho, continuo desse jeito. Só estou me arrumando um pouco mais (risos)! Não encaro como se tivesse saído do esporte”.
Glenda ainda abriu o coração sobre sua relação com o colega de palco, o também apresentador Zeca Camargo. “O Zeca é uma figura muito fácil de lidar. Estar ao lado dele é aprender. Óbvio que o fato de a gente se conhecer há muitos anos ajuda também, claro. Já cansamos de nos ver trabalhando e, agora, nos conhecemos só no olhar. A gente quer que dê certo. Estamos no horário mais competitivo da televisão brasileira, mas o importante é levar uma opção para as pessoas de casa. O Zeca é muito sincero. É muito bom trabalhar com alguém assim. Depois de mais de 30 anos de profissão, eu me dou ao luxo de querer ter parceiros assim ao meu lado”, rasgou elogios.
Conhecida pela sua carreira de mais de 20 anos na Globo, a comunicadora falou sobre como foi a sua saída do canal carioca. “Entrei na Globo muito cedo. Fui pegando essa transformação de linguagem. O esporte ajudou nessa transformação e eu sei que fiz parte disso. Era surfista, jovem e não tinha os trejeitos dos outros apresentadores. Tomei muita bronca pelas coisas malucas que fazia. Mas eu saí da Globo porque acho que meu ciclo ali acabou. Queria me dedicar às redes sociais, queria fazer outras coisas que o contrato com a Globo não permitia. Não podia me envolver com marcas. Queria minha liberdade como empresária. Não foi uma decisão fácil”.
Além disso, Glenda abordou a mudança de estado e a distância dos filhos. “Estou 100% em São Paulo. Não consigo ficar em dois lugares. Quando tomei a decisão de que era aqui que eu ia morar, desfiz tudo no Rio e vim. Sou muito prática, não fico com cordões umbilicais espalhados por aí. Depois de 22 anos, comecei a ter fim de semana! Minha vida agora é aqui. Meu filho mais velho, Gabriel, veio para cá, mas decidiu voltar para o Rio. O mais novo, Eduardo, mora nos EUA. Já morei aqui por cinco anos, tive esse sofrimento de deixar o Rio lá atrás. Desta vez, não. Viver na ponte aérea é muito cansativo. Vim para cá porque eu quis”, confessa.
Ela ainda completa: “Sou muito mãezona, cuidadosa, parceira. Conversamos sobre tudo. Cada momento com eles é muito importante. O coração de mãe está sofrendo. A gente cria os filhos para o mundo até a hora que o mundo vem mesmo buscar. Deixei o Eduardo nos EUA uma semana antes da estreia do programa. Chorei o voo inteiro de volta, não conseguia parar. Estou com muita saudade, mas isso é uma carência nossa que jogamos para os filhos. Se meu filho está realizando um sonho dele, por que eu estou triste desse jeito?”.
Com 49 anos, Glenda encerra falando sobre como encara a chegada dos 50. “Eu lido numa boa porque faço piada, rio do preconceito. A sociedade vai envelhecer. Se esse mundo se desfizer dos seus maduros, será um grande problema social. Tive uma grande lição na vida que foi a perda da minha mãe. Ela tinha 45 anos, era muito nova. Toda vez que faço aniversário comemoro muito. Não estou nem aí se faço 50, 60 ou 70! Quanto mais aniversários fizer, mais estarei aqui para ver as coisas. Todo dia agradeço por estar viva. Minha mãe não teve essa oportunidade. Meu lidar com o tempo é diferente e eu devo isso a ela, que, infelizmente, me ensinou da forma mais dura, indo embora. Não sabemos quanto tempo temos. A coisa que menos me importa é quantos anos eu tenho. Ano que vem, cinquentona!”.
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