Depois de trabalhar por 32 anos na Globo, Fernando Rêgo Barros foi demitido em fevereiro de 2022 e agora está buscando seus direitos trabalhistas por meio de uma ação judicial. Ele é o primeiro veterano da emissora a tomar essa iniciativa desde que começaram as demissões recentes. O processo movido pelo repórter exige uma indenização total de R$ 5,5 milhões.
Ainda não há uma data definida para a audiência de instrução, que é o momento em que um acordo pode ser negociado. O processo movido por Fernando Rêgo Barros foi protocolado pelos seus advogados no dia 9 e o portal Notícias da TV teve acesso exclusivo ao documento. O repórter, natural do Recife (PE), trabalhou para a Globo em diferentes cidades, incluindo a capital pernambucana, São Paulo e Brasília.
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Um dos pedidos feitos por Rêgo Barros é o reconhecimento de vínculo empregatício durante o período em que trabalhou para a Globo como Pessoa Jurídica. A emissora só assinou a sua carteira de trabalho em 2019, o que também foi feito com muitos outros repórteres que estavam na mesma situação.
No entanto, de acordo com a lei, Rêgo Barros só pode pleitear o vínculo empregatício a partir de 2018, já que irregularidades trabalhistas ocorridas há mais de cinco anos da data de entrada do processo prescrevem. Além disso, o repórter está solicitando uma verba indenizatória maior de adicional noturno pelo período em que trabalhou no Jornal da Globo, sob o comando de Renata Lo Prete. Como setorista dos bastidores políticos, ele entrava no ar tarde da noite, especialmente depois de ter sido transferido para a capital federal em 2018.
O repórter está acusando a Globo de ter diminuído as verbas adicionais a que ele tinha direito pelo período noturno em que trabalhou. O Tribunal já designou a juíza Audrey Choucair Vaz para analisar o caso.