Floresta (Foto: Freepik)

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Sustentabilidade e ESG

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Meio ambiente ocupa última posição entre prioridades de brasileiros, diz pesquisa

Levantamento nacional revela destaque para segurança pública, saúde e educação, enquanto interesse por temas climáticos se mantém baixo

A pauta sobre Meio Ambiente aparece na base da lista de preocupações da população brasileira, conforme pesquisa realizada pelo instituto Real Time Big Data. Apenas 4% das pessoas entrevistadas consideraram o meio ambiente como a principal atenção que o governo federal deveria direcionar no momento.

O estudo divulgado nesta quinta-feira (13) entrevistou 1.500 participantes entre os dias 11 e 12 de novembro de 2025 e utilizou margem de erro de três pontos percentuais. A pergunta formulada foi: “Qual você acha que deveria ser a prioridade do Governo Brasileiro neste momento?”.

Os resultados colocaram segurança pública em primeiro lugar, com 27% das respostas. A seguir vieram saúde, com 23%, e educação, com 20%. Economia alcançou 16% e desenvolvimento social registrou 10%.

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O levantamento também investigou a percepção sobre a COP30. Para 70% dos participantes, o evento sediado no Brasil não deverá promover ações efetivas contra a crise climática, enquanto 30% consideraram possível algum avanço. Outro dado relevante apontou que 62% desconhecem o significado da COP30, mesmo com a conferência ocorrendo no país.

O estudo ainda mostrou que 84% avaliaram que companhias nacionais não desempenham papel expressivo no enfrentamento das mudanças climáticas. Apenas 16% demonstraram avaliação positiva em relação ao setor privado.

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A COP30 começou na segunda-feira (10) em Belém, no Pará. Delegações de mais de 160 países participam das discussões sobre metas e medidas destinadas ao combate do aquecimento global. A conferência, conhecida como COP, corresponde à reunião das Partes signatárias do tratado climático firmado na ONU em 1992.

O acordo, chamado UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima), estabeleceu bases para ação conjunta entre os países contra as mudanças climáticas. O documento introduziu o princípio das “responsabilidades comuns, mas diferenciadas”, pelo qual nações mais ricas, responsáveis por maior volume histórico de emissões, assumem responsabilidades maiores.

O Brasil sediou a Cúpula da Terra no Rio de Janeiro, onde o tratado da UNFCCC foi assinado há 33 anos. Neste ano, o país buscou retomar a essência do evento, destacando grupos mais vulneráveis, incluindo povos indígenas presentes nas negociações.

A presidência da conferência defendeu que países cumpram compromissos já assumidos, como os pactos firmados na COP28 para eliminar gradualmente o uso de combustíveis fósseis. A COP30 também marcou a primeira ocasião em que representantes reconheceram o fracasso global em impedir o aquecimento acima de 1,5 graus Celsius.

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