O investimento em impacto social no Brasil atingiu um patamar inédito em 2024. Empresas e instituições direcionaram um volume impressionante de mais de R$ 6,2 bilhões para ações sociais, marcando um aumento significativo de 19,4% em relação ao ano anterior. Este resultado coloca o ano como o maior da série histórica, se excluirmos o período excepcional de 2020, que concentrou recursos extraordinários para o combate à pandemia.
O motor por trás desse crescimento foi, em grande parte, o aumento dos recursos próprios das organizações. De acordo com o estudo Benchmarking do Investimento Social Corporativo (BISC) 2025, estes aportes escalaram 35%, somando R$ 4,79 bilhões, demonstrando um alinhamento crescente do setor corporativo com as demandas sociais urgentes.
Os temas prioritários para esses aportes incluem a Educação e a Cultura, mas há um destaque especial para o avanço da Inclusão Produtiva e a qualificação profissional. Além disso, a unanimidade das empresas em 2024 foi a resposta às Emergências Climáticas, com a expectativa de que o foco passe de ações imediatas para a prevenção e adaptação de longo prazo.
Jovens continuam sendo o público-alvo prioritário, refletindo o esforço das companhias em preencher o “apagão de talentos” e diminuir o gap social agravado pela digitalização. Para maximizar o impacto, o modelo de atuação tem migrado da execução de projetos próprios para o co-investimento, com alianças e parcerias se fortalecendo em causas ou territórios específicos. Enquanto o setor industrial demonstra uma atuação mais multicausas e territorial, o setor de serviços tende a focar em áreas específicas, como a educação.








