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G20: Brasil quer mostrar práticas sustentáveis no setor agropecuário

Mudança climática será assunto no encontro das maiores economias do mundo

O Brasil almeja utilizar sua presidência no G20, que compreende as maiores economias do mundo, como uma plataforma para promover as boas práticas no setor agropecuário doméstico e para se posicionar contra quaisquer barreiras comerciais que possam afetar os produtos agrícolas.

O Brasil priorizou a sustentabilidade nos sistemas agroalimentares em reunião virtual com membros do G20, onde são discutidos temas do Grupo de Trabalho da Agricultura. Este grupo, composto por representantes de 30 países e 30 organizações internacionais, abordará questões como aumento do comércio internacional para segurança alimentar, reconhecimento da agricultura familiar e povos indígenas, e integração sustentável da pesca e aquicultura. O impacto do clima na produção agrícola e na segurança alimentar também será discutido.

O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa, declara: “A sustentabilidade e a demonstração das múltiplas formas e múltiplos caminhos que ela pode percorrer na agricultura visam evitar a tomada de decisões unilaterais de alguns blocos ou países contra determinada forma de produzir em determinado país. Isso é demanda global dos países produtores, queremos mostrar que a sustentabilidade pode ser feita de várias formas de acordo com solo, clima, cultura local, mas claro de forma sustentável”.

A secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Fernanda Machiaveli, ressaltou que os aspectos abordados pelo Brasil foram elogiados: “Expusemos várias boas práticas e programas que o Brasil já desenvolve, desde a política nacional de agroecologia e produção orgânica, práticas que Brasil já é referência na agricultura tropical, e outras iniciativas que visam preservar nossas florestas. Os países falaram sobre a redução do desmatamento, e Brasil já alcançou uma taxa impressionante de redução de desmatamento na Amazônia neste primeiro ano de governo”.

Programas de restauração florestal, como o Florestas Produtivas, e linhas de crédito do Plano Safra 2023/24 foram mencionados. O Brasil também destaca no G20 o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD), visando recuperar ou converter até 40 milhões de hectares de pastagens degradadas.

A partir de abril, o Brasil sediará pelo menos quatro encontros presenciais em Brasília, Recife e Cuiabá, com a participação das delegações estrangeiras das 20 maiores economias do mundo. O propósito desses encontros será a elaboração de um documento técnico contendo diretrizes para o desenvolvimento sustentável do setor agropecuário nesses países.

Os secretários afirmaram que os impactos das mudanças climáticas também serão discutidos na pauta. “Temos tido total atenção com a questão climática. Estamos finalizando este Plano Safra e já olhando para o próximo, pensando em como podemos estabelecer novas metodologias para garantia da produção nesses locais e acompanhando os efeitos do El Niño e La Niña para que possamos mitigar os efeitos na produção brasileira”, finalizou Perosa.

Fonte: Globo Rural

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