O Grupo GSV e a JL Contabilidade anunciaram, no início de dezembro, a fusão de suas operações, consolidando um novo player no setor de serviços corporativos em Minas Gerais. A nova companhia inicia as atividades com um faturamento anual de R$ 40 milhões, 120 colaboradores e uma tese de crescimento sustentada pela integração entre consultoria técnica e automação de processos. O movimentação tem foco em governança e compliance, eixos fundamentais do ESG.
A transação, desenhada pela VSH Partners, responde à crescente demanda do mercado por estruturas mais robustas e multidisciplinares. O movimento antecipa a necessidade de maior eficiência operacional das empresas brasileiras frente às constantes atualizações do ambiente regulatório e tributário.
A fusão combina a expertise tecnológica do Grupo GSV com a base de relacionamento da JL Contabilidade, marca que completa três décadas em 2025. O organograma da nova sociedade define Gabriel Santana Vieira como CEO, responsável pela integração dos processos e visão estratégica.
A operação também marca um passo importante na profissionalização e sucessão familiar da JL. As executivas Patrícia, Joana Darc e Renata Teixeira, segunda geração da família fundadora, assumem diretorias estatutárias, garantindo a continuidade da cultura organizacional aliada às novas práticas de gestão.
Para Joana Darc Vilaça Teixeira, a união representa uma evolução natural do negócio. “Estamos preservando o legado de confiança construído ao longo de 30 anos, mas agora dentro de uma estrutura corporativa preparada para oferecer soluções mais complexas de inteligência de negócios”, avalia a executiva.

Estratégia de negócios e integração
O modelo de negócios da nova empresa aposta na oferta de serviços “full service”. A companhia atuará com nove verticais integradas, abrangendo desde a contabilidade consultiva e BPO financeiro até advocacia empresarial e reestruturação societária. O objetivo é centralizar as demandas corporativas, reduzindo custos e otimizando a gestão de dados dos clientes.
As operações serão mantidas em Belo Horizonte e Contagem, com cronograma de unificação de sistemas previsto para o início de 2026. A projeção é de um crescimento superior a 20% no primeiro ano, impulsionado pela migração de empresas que buscam modernizar seus departamentos fiscais e financeiros.
Segundo Erich Hüttner, responsável pela estruturação do negócio na VSH Partners, a fusão reflete o amadurecimento do setor. “O mercado exige cada vez mais consultorias que entreguem não apenas conformidade burocrática, mas inteligência estratégica. A união dessas duas companhias cria a escala necessária para investir em tecnologia e capital humano qualificado”, destaca.








