Neste sábado (16), às 14h, o Sambódromo do Anhembi em São Paulo sediará uma corrida de automobilismo que se destaca por sua abordagem ambientalmente consciente: é o primeiro esporte do mundo a ser certificado como carbono líquido zero.
A categoria, conhecida como Fórmula E, adota tecnologia, reciclagem e energias renováveis para mitigar as emissões de CO2, alinhando-se com os esforços globais de combate às mudanças climáticas. Reconhecida pela ONU e pelo Global Sustainability Benchmark in Sports como uma líder em práticas sustentáveis, a Fórmula E mantém altos padrões de sustentabilidade e acreditação ambiental.
No último ano, a Fórmula E lançou seu mais recente Relatório de Sustentabilidade, cobrindo a 8ª temporada da competição. O relatório revelou uma redução de 24% nas emissões de carbono, totalizando 33.800 toneladas de CO2 ao longo da temporada. Esta diminuição abrange toda a infraestrutura do evento, desde as corridas e instalações até os deslocamentos para as provas.
A distribuição das emissões relacionadas à Fórmula E pode ser organizada da seguinte forma:
- Transporte das estruturas:
- Representa a maior parte das emissões, com 73%.
- Inclui o deslocamento dos equipamentos, carros, materiais e infraestrutura necessários para os eventos ao redor do mundo.
- Viagens de negócios:
- Correspondem a 13% das emissões.
- Envolve as viagens de equipe, organizadores, parceiros e outros envolvidos nos bastidores da Fórmula E.
- Operações:
- Contribuem com 7% das emissões.
- Engloba as atividades operacionais durante os eventos, como energia elétrica, água, gestão de resíduos, entre outros.
- Viagens dos espectadores:
- Responsáveis por 4% das emissões.
- Refere-se aos deslocamentos dos fãs e espectadores para assistir às corridas.
- Gastos com alimentos e bebidas:
- Representam 2% das emissões.
- Inclui a produção, transporte e consumo de alimentos e bebidas nos eventos da Fórmula E.
Observação adicional:
- Apenas 1% das emissões estão diretamente relacionadas aos carros de corrida e ao próprio evento.
A Fórmula E lidera em sustentabilidade, enquanto a Fórmula 1 busca alcançar emissões zero até 2030. Um estudo da Unicamp mostra que um carro de F1 emite 500kg de CO2 por corrida. O CEO da F1, Stefano Domenicali, reforça o compromisso com a redução das emissões: “Os carros da Fórmula 2 e Fórmula 3 estão funcionando com 55% de sustentabilidade e continuamos no caminho certo para introduzir biocombustíveis 100% sustentáveis em 2026″, afirmou.
Fórmula E conta com carro ‘reciclável’
O GEN3 da Fórmula E é altamente eficiente, convertendo mais de 95% da energia elétrica, em comparação com 40% nos motores de combustão. Ele gera mais de 40% da energia que consome por meio da frenagem regenerativa. Além disso, utiliza materiais reciclados, como linho e fibra de carbono, e recicla 26% da borracha e fibras dos pneus após cada corrida.
Fonte: CNN Brasil