A ceia de Natal costuma reunir pratos variados e uma mesa farta, mas esse cenário levanta dúvidas entre famílias com bebês em fase de introdução alimentar, iniciada a partir dos seis meses. A alimentação nessa etapa pede atenção redobrada, já que muitos itens tradicionais das festas não atendem às necessidades do organismo infantil.
A principal recomendação envolve evitar alimentos ultraprocessados e industrializados. Presunto, salame, salsicha e tender entram na lista de produtos que não devem fazer parte da ceia dos bebês. Outros itens também precisam ficar fora do cardápio:
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- Açúcar, que não deve ser adicionado às preparações
- Doces e sobremesas
- Mel, contraindicado antes de completar um ano
- Frituras
- Sal
- Temperos prontos
- Refrigerante
- Sucos industrializados
Do ponto de vista funcional, esses alimentos sobrecarregam o intestino e o fígado do bebê, podendo provocar inflamação e desconfortos digestivos. Receitas clássicas do Natal, como chocolate e panetone, inclusive versões caseiras, também não são adequadas. Oleaginosas inteiras, como castanhas, nozes e amendoim, aumentam o risco de engasgo e devem ser evitadas.
Existem ainda preparações que parecem inofensivas, mas concentram altos níveis de sódio, conservantes e açúcar. Entre os exemplos mais comuns aparecem:
- Arroz temperado
- Frutas em calda
- Salpicão
- Farofa pronta
- Carnes processadas, como peru industrializado, tender e presunto
Em relação aos temperos, a orientação durante o primeiro ano de vida indica exclusão total de sal e açúcar. Temperos naturais, como alho, cebola, ervas frescas e azeite de oliva após o preparo, podem ser utilizados. Essa prática contribui para que o bebê reconheça o sabor real dos alimentos e reduz o risco de seletividade alimentar no futuro.
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O que incluir na ceia de Natal e Ano Novo
A ceia do bebê deve priorizar alimentos simples, naturais e com textura adequada à idade. A recomendação envolve oferecer apenas itens já conhecidos pela criança. Algumas opções seguras incluem:
- Carnes bem cozidas e desfiadas, como frango, carne bovina e peixe
- Legumes cozidos ou assados, como abóbora, cenoura, chuchu, abobrinha, batata e mandioquinha
- Arroz, macarrão simples, feijão, lentilha ou grão-de-bico bem macios
- Frutas in natura ou assadas, como ameixa e pêssego
- Ovo bem cozido ou mexido, quando já introduzido
A oferta de água potável continua essencial durante a refeição. A participação do bebê à mesa da família favorece a construção de hábitos saudáveis desde cedo, com foco em alimentos minimamente processados e nutricionalmente adequados.
Outro ponto importante envolve o clima da ceia. O momento não deve girar em torno da quantidade de comida, mas do vínculo familiar. Respeitar sinais de fome e saciedade, evitar distrações e reduzir a ansiedade tornam a experiência mais positiva e educativa.
Orientações práticas para a noite
- Preparar uma versão simples da ceia voltada ao bebê
- Respeitar a textura adequada à idade
- Não forçar a alimentação
- Manter a rotina alimentar o mais próxima possível do habitual
- Evitar atrasar a refeição noturna
Cuidados com alimentos alergênicos
A introdução de alimentos com maior potencial alergênico deve ocorrer de forma gradual. A recomendação envolve oferecer um item por vez e evitar esse processo durante a noite ou em períodos de doença. Após o consumo, a observação deve durar até duas horas.
Na ausência de reações, o alimento pode permanecer na alimentação. Em casos de vermelhidão, vômitos, chiado ou inchaço, a suspensão imediata e a busca por atendimento médico se tornam necessárias.
Entre os alimentos mais alergênicos estão leite de vaca, ovo, trigo, amendoim, castanhas, nozes, soja, peixes, frutos do mar e crustáceos. Quando esses itens ainda não fizeram parte da alimentação, a orientação indica não oferecer durante as festas de fim de ano.








