Um estudo recente indicou que certos alimentos podem influenciar diretamente os níveis de energia e aumentar a sonolência ao longo do dia. Pesquisadores analisaram metabólitos no sangue e identificaram padrões alimentares que impactam o desempenho físico e mental.
Alimentos fermentados e de origem animal foram associados à sensação de cansaço, enquanto nutrientes como ômega-3 e ômega-6 ajudam a manter energia estável. A hidratação e o equilíbrio da dieta também se mostraram essenciais para reduzir quedas de rendimento.
A sonolência diurna não está ligada apenas à falta de sono ou ao estresse. Pesquisas publicadas na revista The Lancet eBioMedicine mostram que alimentos podem interferir nos neurotransmissores ligados ao sono, como serotonina e melatonina. Substâncias presentes em queijos curados, tofu, ovos, leite e carnes interagem com o sistema nervoso, provocando queda de energia logo após a ingestão, mesmo em quem dormiu bem.
O estudo avaliou dados de 6.000 pessoas e destacou dois metabólitos principais ligados à fadiga:
- Tiramina: encontrada em queijos curados, tofu e outros alimentos fermentados
- Esfingomielina: presente em ovos, leite e carnes
Nem todos os alimentos causam cansaço. Os ácidos graxos ômega-3 e ômega-6 mostraram efeito protetor, regulando hormônios e apoiando os ritmos circadianos. Consumir salmão, nozes, linhaça e sementes pode reduzir a fadiga, estabilizar energia e melhorar a qualidade do sono.
Nutricionistas ressaltam que a sonolência depende mais de padrões alimentares do que de alimentos isolados. Equilibrar proteínas, carboidratos complexos e gorduras saudáveis, além de manter hidratação adequada, é fundamental para manter disposição.
Algumas mudanças práticas ajudam a evitar a sonolência, como preferir refeições leves e balanceadas em vez de pratos pesado, incluir fibras, proteínas e gorduras boas em todas as refeições e consumir alimentos ricos em água, como melancia, amoras e pimentões.