Comer frutas e vegetais com casca pode ser um hábito poderoso para a saúde — e também para o planeta. Embora a prática ainda seja evitada por muitas pessoas, estudos apontam que as cascas concentram boa parte dos nutrientes, incluindo fibras, antioxidantes e vitaminas. Por outro lado, há o risco da exposição a resíduos de pesticidas, o que levanta um dilema: o que pesa mais, os benefícios ou os riscos?
A casca da maçã, por exemplo, tem quase o dobro de fibras em relação à polpa. Já a da berinjela é rica em nasunina, um potente antioxidante. Outras frutas como uva, pera e laranja também concentram vitamina C, flavonoides e óleos essenciais em sua casca, enquanto batatas, cenouras e pepinos oferecem fibras, potássio e polifenóis.
A principal preocupação com o consumo da casca está nos resíduos de agrotóxicos, que, mesmo após a lavagem, podem permanecer no alimento. Casos como o da batata ainda exigem atenção extra: quando ela fica com partes verdes, pode acumular solanina, substância tóxica que pode causar desde náuseas até sintomas graves.
Lavar bem os alimentos, esfregá-los com escova ou deixá-los de molho em água com bicarbonato ou vinagre pode eliminar até 90% dos resíduos. Além disso, priorizar orgânicos ou alimentos de produtores locais reduz ainda mais os riscos. E tem mais: descartar cascas em excesso contribui para o desperdício de alimentos e aumento das emissões de gases poluentes. Já há estudos transformando cascas em farinhas, bioplásticos e até fertilizantes.
Sempre que possível, e com os devidos cuidados, vale consumir frutas e vegetais com casca. Você ganha em saúde, colabora com o meio ambiente e evita o desperdício. Em resumo, consumir frutas e vegetais com casca pode trazer grandes benefícios nutricionais e contribuir para a sustentabilidade, reduzindo o desperdício alimentar. No entanto, é essencial garantir que os produtos estejam bem higienizados e, sempre que possível, optar por opções orgânicas ou locais para minimizar a exposição a pesticidas. A decisão de manter ou retirar a casca deve ser feita com base no tipo de alimento e nas necessidades individuais, equilibrando saúde e segurança.
