Enquanto muitos recorrem a remédios para aliviar as fortes dores da enxaqueca, um novo estudo publicado no British Medical Journal lança luz sobre um caminho diferente — e promissor: a acupuntura.
A pesquisa revelou que pacientes tratados com acupuntura tiveram crises mais brandas e curtas, com uma redução média de dois dias, além de uma significativa melhora na qualidade de vida.
O diferencial da técnica está no olhar integrativo. A enxaqueca, que afeta cerca de 15% dos brasileiros, em sua maioria mulheres, é multifatorial: envolve tensão muscular, questões emocionais e até bloqueios energéticos.
A medicina tradicional chinesa trabalha com o conceito de energia vital, e a acupuntura atua como uma espécie de desbloqueio de “engarrafamentos” no corpo. “Se a dor for na região frontal da cabeça, por exemplo, pode sinalizar que é preciso tratar o canal energético ligado ao estômago. Já no caso de desconforto nas têmporas, precisamos prestar atenção no canal da vesícula biliar”, explicam especialistas.
Mais que um alívio, o tratamento também promove bem-estar por meio da liberação de endorfina, um analgésico natural do corpo. E tudo isso sem os riscos de efeitos colaterais comuns dos medicamentos, como problemas gástricos, hepáticos e renais.
Por isso, a orientação é procurar um médico acupunturista habilitado para avaliação e aplicação segura do método. Afinal, como mostra a ciência, a agulha pode ir além do alívio — e chegar à raiz da dor.