O Dia Nacional de Combate ao Câncer reforça a importância de estratégias que diminuem o risco dessa condição, cada vez mais comum no país. Mudanças na alimentação fazem parte das recomendações amplamente adotadas por instituições de saúde, que orientam a reduzir o consumo de carnes processadas, alimentos ultraprocessados, álcool e bebidas açucaradas, além de priorizar ingredientes naturais capazes de apoiar as defesas do organismo.
Diversas análises científicas apontam que nenhum alimento isolado produz proteção total, porém combinações adequadas dentro de uma rotina equilibrada exercem impacto significativo. A seguir, seis itens que apresentam compostos associados à redução do risco de diferentes tipos de câncer.
+ LEIA TAMBÉM: Mais músculo, menos gordura: a combinação que protege o cérebro
Brócolis e outros vegetais crucíferos
Vegetais como brócolis, couve-flor, repolho e couve-de-Bruxelas concentram substâncias que auxiliam o organismo a eliminar toxinas e reparar células. Esses compostos participam de processos metabólicos ligados ao controle de danos celulares. Consumo frequente, em várias porções semanais, aparece associado à diminuição do risco de tumores e outras condições crônicas.
Tomates
Tomates são ricos em licopeno, antioxidante que contribui para a proteção celular. A absorção do composto aumenta quando o alimento passa por corte ou cozimento. Preparações com gordura de qualidade, como azeite, ampliam esse potencial. O consumo regular é relacionado à redução do risco de cânceres como próstata, mama, pulmão e colorretal.
Feijões e outras leguminosas
Feijão-preto, feijão-vermelho, lentilha, ervilha seca e grão-de-bico combinam proteína e grande quantidade de fibras. A fibra alimenta bactérias benéficas no intestino, que produzem substâncias usadas pelas células do cólon, mantendo esse tecido mais estável e menos propenso a transformações malignas. Essas leguminosas também aparecem associadas ao controle do peso, fator relevante por estar relacionado a vários tipos de câncer. Benefícios começam a ser observados a partir de ingestões próximas de 30 g de fibra por dia, valor alcançável com duas xícaras de feijão-preto.
+ LEIA TAMBÉM: Estudo revela benefícios à saúde ao ficar uma semana longe das redes sociais
Nozes e outras oleaginosas
Oleaginosas oferecem gorduras de boa qualidade, proteínas e fibras. Nozes concentram compostos específicos que são convertidos no intestino em substâncias capazes de limitar a multiplicação de células cancerígenas. Avaliações realizadas em amostras clínicas mostram cólons com aparência mais estável em consumidores frequentes. Um punhado diário costuma ser suficiente para alcançar o efeito protetor observado nessas análises.
Frutas vermelhas
Morangos, mirtilos, amoras, cranberries e romãs fornecem antioxidantes que ajudam a proteger o DNA contra danos e estresse oxidativo. Essas frutas contêm pigmentos naturais com propriedades anti-inflamatórias, fator importante porque processos inflamatórios prolongados favorecem o desenvolvimento e a progressão de tumores. O consumo recomendado varia entre meia xícara e uma xícara por dia, em versões frescas ou congeladas.
Alho
O alho apresenta altos níveis de alicina, composto de enxofre associado à proteção contra o câncer. Estudos populacionais indicam redução do risco de câncer de estômago em grupos que incluem quantidades elevadas do ingrediente na alimentação anual. A utilização de alho cru preserva melhor os compostos ativos, especialmente quando incorporado a preparações como molhos e pastas.
Essas recomendações reforçam que uma alimentação estruturada em ingredientes naturais, variados e ricos em compostos bioativos atua como ferramenta importante na prevenção da doença e na promoção da saúde ao longo do tempo.