Com a proximidade das festas de fim de ano, consumidores voltam a questionar a origem do Chester e sua diferença em relação ao frango tradicional e ao peru. O produto começou a ser comercializado no Brasil na década de 1980 como uma opção mais acessível para a ceia natalina e, ao longo do tempo, tornou-se alvo de rumores sobre sua composição genética.
Criado para disputar espaço com o peru, o Chester passou a integrar o cardápio de milhões de famílias e gerou diferentes teorias sobre sua origem. Apesar das dúvidas recorrentes, o produto não corresponde a uma espécie própria nem a um alimento geneticamente modificado.
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O Chester é uma marca registrada e resulta do melhoramento genético do frango. O nome deriva da palavra inglesa chest, em referência ao peito mais desenvolvido da ave. O projeto teve início no fim da década de 1970, quando a indústria alimentícia buscava uma alternativa ao peru natalino, considerado caro e de produção mais complexa.
Para o desenvolvimento da ave, linhagens de galinhas foram trazidas do exterior e mantidas em uma granja isolada no interior de Santa Catarina, com controle rigoroso de sanidade e alimentação. Após alguns anos de seleção genética, o Chester foi lançado no mercado em 1982 e, posteriormente, passou a ser reproduzido por outras empresas, que utilizam denominações comerciais diferentes para produtos semelhantes.
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O ciclo de criação do Chester é mais longo do que o do frango convencional. Enquanto o frango comum costuma ser abatido com cerca de 30 dias de vida, o Chester permanece em criação por aproximadamente 60 dias. A alimentação também é diferenciada, com dieta balanceada e suplementação de vitaminas e minerais, o que contribui para o maior desenvolvimento do peito e das coxas.
Apesar de crenças populares, o Chester não é transgênico. O processo envolve apenas a seleção de características desejadas ao longo de gerações, prática comum na produção de alimentos e amplamente utilizada também no cultivo de frutas e vegetais.
Do ponto de vista nutricional, Chester, frango e peru apresentam valores semelhantes, com variações de gordura e textura conforme o corte escolhido. O peru tende a ter carne mais seca e levemente mais gordurosa em algumas partes, enquanto o Chester costuma ser mais suculento e financeiramente mais acessível.
Para uma ceia mais equilibrada, a recomendação é priorizar cortes magros, como o peito, independentemente da ave escolhida, e optar por preparações assadas. Métodos como fritura por imersão aumentam a absorção de gordura, enquanto o preparo no forno preserva melhor as características nutricionais do alimento.