Hipertensão (Foto: Reprodução)

Saúde

Descubra os mitos e verdades sobre a hipertensão

Doença afeta 1 em cada 4 brasileiros e, mesmo sem cura, pode ser controlada com hábitos saudáveis e acompanhamento médico

No Brasil, quase 28% da população convive com a hipertensão arterial, de acordo com o Ministério da Saúde. Conhecida como pressão alta, a condição é uma das principais causas de infarto, AVC e insuficiência renal — muitas vezes sem dar qualquer sinal de alerta. “Por isso ela é chamada de ‘inimiga silenciosa’. A pessoa só descobre que está hipertensa quando mede a pressão ou quando sofre alguma consequência mais grave”, explica o Dr. Diego Gaia, coordenador da Cardiologia do Hospital Santa Catarina – Paulista.

Apesar de crônica, a hipertensão pode ser controlada com a adoção de hábitos mais saudáveis. Alimentação equilibrada, redução do sal, prática de atividade física e controle do peso são aliados importantes no tratamento. “Em muitos casos, é possível até reduzir a necessidade de remédios”, afirma o cardiologista. Mas, atenção: suspender a medicação por conta própria nunca é uma opção. “Sentir-se bem não significa que a pressão esteja controlada. Suspender por conta própria pode causar crises graves”, alerta o médico.

O consumo de sal é um dos vilões mais conhecidos. A recomendação é não ultrapassar 5 gramas por dia — cerca de uma colher de chá. “Mas boa parte do sal que ingerimos está escondida em alimentos industrializados”, reforça o Dr. Diego Gaia. O ideal é sempre ler os rótulos e preferir preparações caseiras, com temperos naturais.

Embora mais frequente em pessoas acima dos 60 anos, a hipertensão não é exclusividade da terceira idade. Jovens adultos também estão entre os pacientes diagnosticados. “A combinação de estresse, sedentarismo, alimentação ruim e histórico familiar tem levado cada vez mais pessoas na faixa dos 30 ou 40 anos a receber esse diagnóstico”, aponta o especialista. Ou seja: ninguém está imune.

Além de silenciosa, a hipertensão é traiçoeira: coloca em risco o coração, os rins e o cérebro. “Pressão alta sobrecarrega o coração e os vasos sanguíneos. Ao longo do tempo, isso favorece a formação de placas, rompimentos arteriais e arritmias”, finaliza o médico. Por isso, marcar presença nas consultas de rotina, medir a pressão regularmente e repensar o estilo de vida são atitudes fundamentais — e podem salvar vidas.

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