Carnes processadas (Foto: Reprodução)

Carnes processadas (Foto: Reprodução)

Saúde

Carnes processadas podem acelerar o envelhecimento do cérebro, aponta estudo

Pesquisa de longo prazo mostra que até pequenas porções diárias de bacon e salsicha elevam o risco de demência; substituir por peixes e vegetais reduz o problema

Um estudo publicado na revista médica Neurology lançou um importante sinal de alerta sobre os riscos do consumo elevado de carnes vermelhas processadas, como bacon, salsicha e presunto. Após acompanhar 133.771 pessoas por até 43 anos, os pesquisadores observaram uma conexão clara entre a ingestão regular desses alimentos e maior risco de declínio cognitivo e demência.

Segundo os dados, consumir 0,25 porções ou mais por dia de carnes processadas aumenta em 13% o risco de desenvolver demência, em comparação a quem consome menos de 0,10 porções. “Uma porção diária de carne processada foi associada a um envelhecimento cerebral equivalente a 1,61 anos na função global e 1,69 anos na memória verbal”, destacam os autores do estudo.

O levantamento também trouxe um ponto importante: o consumo de carne vermelha não processada, como boi e cordeiro, em quantidades moderadas, não apresentou os mesmos riscos.

A boa notícia é que trocar a carne processada por alternativas mais saudáveis faz diferença significativa. Substituir uma porção diária de bacon ou presunto por:

  • Peixe: reduz o risco de demência em 28%
  • Nozes e leguminosas: queda de 19%
  • Frango: redução de 16%

Os especialistas recomendam repensar os hábitos alimentares, especialmente na terceira idade, e defendem que as evidências do estudo possam ajudar a atualizar diretrizes alimentares voltadas à preservação da saúde cerebral.

“O ideal é limitar o consumo de carnes processadas e optar por proteínas mais saudáveis, como peixes, nozes e vegetais”, reforçam os pesquisadores.

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