Durante os meses mais frios do ano, especialmente entre abril e agosto, os casos de gripe aumentam significativamente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que a infecção, provocada pelo vírus Influenza, pode levar a complicações sérias, principalmente em pessoas dos grupos de risco. Para reduzir o número de internações e aliviar os serviços de saúde, médicos reforçam: “a vacinação anual é fundamental para proteger a população”.
A vacina, atualizada todos os anos, protege contra as cepas mais circulantes e é eficaz na prevenção de quadros graves. Segundo o Ministério da Saúde, a imunização pode reduzir em até 90% o risco de infecção grave. Ainda assim, muitos mitos seguem circulando — e afastam pessoas da proteção.
1. “Tomar a vacina da gripe vai me deixar gripado”
Mito. A vacina, seja trivalente ou quadrivalente, não causa gripe. O que ela faz é treinar o sistema imunológico para reagir com menos intensidade caso o vírus seja contraído. “Ela ajuda a evitar sintomas respiratórios graves e hospitalizações”, explica o Ministério da Saúde.
2. “A gripe é leve, não preciso me vacinar”
Mito. Embora muitas pessoas se recuperem da gripe, o vírus pode provocar pneumonias e agravar doenças crônicas. E mais: ao não se vacinar, você também coloca outras pessoas em risco.
“A prevenção é a chave para o cuidado conosco e com todos ao nosso redor”, afirma a Dra. Melissa Palmieri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm-SP).
3. “Já tomei no ano passado, não preciso de outra”
Mito. O vírus Influenza sofre mutações constantes. Por isso, a vacina precisa ser renovada todos os anos. Além disso, a proteção dos anticorpos diminui com o tempo.
4. “Gripe não é perigosa para crianças”
Mito. Crianças menores de 5 anos têm risco aumentado de complicações. Um estudo publicado na Pediatrics revelou que a vacinação reduz em até 65% o risco de morte associada à gripe em crianças e adolescentes.
5. “A vacina da gripe enfraquece o sistema imunológico”
Mito. Pesquisas internacionais, como a publicada no Journal of Infectious Diseases, mostram que a vacina não aumenta a vulnerabilidade a outras doenças respiratórias.
6. “Não dá para diferenciar gripe de COVID-19”
Mito. Apesar dos sintomas semelhantes, a diferenciação só é possível com testagem. “Em ambientes fechados e frios, os vírus circulam com mais intensidade”, diz o Dr. Oscar Guerra, da Abbott. Hoje, já existem testes rápidos que identificam Influenza A, B e COVID-19 com um único swab em até 15 minutos.
E se eu pegar gripe?
Ao contrair o vírus, é fundamental repousar, manter uma boa alimentação e hidratar-se. “A hidratação é essencial na recuperação”, afirma a nutricionista Patrícia Ruffo.
Mas atenção: “ao sentir os primeiros sintomas, procure um médico imediatamente”, orienta o Dr. Oscar Guerra. Medicamentos antivirais funcionam melhor nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas.
