No último domingo, dia 17, a atriz Letícia Sabatella, com 52 anos de idade, causou surpresa entre seus fãs ao compartilhar que foi diagnosticada com autismo na vida adulta. De acordo com a artista, ela enfrentou ao longo da vida sintomas leves do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Em entrevista ao Fantástico, da Globo, ela chegou a relatar: “Quando eu tinha 9 anos, todas as meninas do colégio pararam de falar comigo, pelo meu jeito. Eu não entendia o porquê”. Letícia Sabatella compartilhou que, quando era criança, enfrentou dificuldades na socialização. Devido ao fato de viver em um mundo imaginário e encontrar dificuldades na interação social, não tinha muitos amigos naquela época.
O psicólogo e especialista em saúde mental Alexander Bez abordou o tema e destacou que situações semelhantes à de Letícia são bastante recorrentes entre mulheres adultas, em uma entrevista concedida à revista CARAS Brasil
“As mulheres apresentam um quadro hormonal bem diferente, o qual pode ser agravado por quaisquer condições clínicas existentes ou pré-existentes. O autismo, devido à sua condição clínica neurológica do desenvolvimento, tem a capacidade de alterar ainda mais esses hormônios e todo o aspecto biológico da mulher, tornando o diagnóstico mais complexo, uma vez que pode ser confundido com outras patologias e até mesmo com psicopatologias”, explica o profissional.
Na sequência, Alexander detalha que, diferente dos homens, as mulheres conseguem mascarar muitos sintomas, o que pode atrasar o diagnóstico. “As mulheres com autismo, no entanto, têm essa condição mais mascarada, já que conseguem disfarçar as sintomatologias usuais, que são as dificuldades na comunicação e nas interações sociais. Isso mascara a condição neurológica do desenvolvimento”, afirma.
