Na última segunda-feira (20), um homem foi detido em Ananindeua, região metropolitana de Belém, sob acusação de registrar imagens não autorizadas das partes íntimas de colegas de trabalho. A identidade do suspeito não foi divulgada.
De acordo com a Polícia Civil do Pará, as vítimas, funcionárias da mesma empresa onde o homem trabalhava, compareceram à delegacia do bairro Julia Seffer para denunciar o caso. Elas afirmaram que ele capturava imagens íntimas sem consentimento. Após a denúncia, policiais se deslocaram até a empresa, localizada na BR-316, mas o acusado já havia deixado o local. Ele foi encontrado posteriormente em um alojamento próximo a um condomínio fechado e levado à delegacia para os procedimentos legais.
O caso ocorre em um momento em que mudanças na legislação brasileira reforçam as punições para crimes desse tipo. Em novembro de 2024, a Câmara dos Deputados aprovou uma lei que estabelece penas específicas para a captação de imagens íntimas sem autorização. A norma equipara a prática à gravação ou filmagem não consensual de nudez ou atos sexuais, prevendo detenção de seis meses a um ano e multa.
Conhecida como upskirting, essa prática é considerada crime no Brasil desde 2018. No entanto, até recentemente, o Código Penal não abrangia explicitamente ocorrências em espaços públicos ou situações em que a vítima estivesse vestida. A atualização na lei agora cobre registros feitos tanto em locais públicos quanto privados e amplia a proteção contra invasões de privacidade.
O incidente em Ananindeua reforça a importância de medidas rigorosas contra esse tipo de crime, que atenta contra a dignidade e a privacidade das vítimas.