A taxa de ocorrência do câncer de mama varia de um país para outro e é influenciada, em grande parte, pela faixa etária das mulheres afetadas.
Por exemplo, nos Estados Unidos e no Reino Unido, apenas cerca de 4 a 5% dos casos são diagnosticados em mulheres com menos de 40 anos. No Brasil, de acordo com pesquisas recentes, como o estudo AMAZONA de 2019 e o trabalho de epidemiologia realizado em 2023 pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), os números revelam uma incidência maior, variando de 12% a 17% dos casos ocorrendo em mulheres com menos de 40 anos.
Conforme informações fornecidas pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), nos próximos três anos, de 2023 a 2025, é projetado que ocorram mais de 73 mil novos casos de câncer de mama. Dentro desse número, cerca de 11 mil mulheres são consideradas jovens, e, notavelmente, elas não se encaixam nas diretrizes de rastreamento comumente recomendadas para essa doença.
De acordo com a pesquisa conduzida pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), o período médio entre o momento em que uma pessoa manifesta uma queixa relacionada ao câncer de mama e a obtenção do diagnóstico é de seis meses. Esse atraso no diagnóstico resulta na progressão da doença, levando a tumores significativamente maiores e, em alguns casos, à disseminação do câncer para outros órgãos.
Os grandes desafios enfrentados atualmente são a falta de orientação da população e a negligência na hora de procurar ajuda. Por isso, o ‘Outubro Rosa’ se faz necessário para reforçar a importância do autoexame e educar a população sobre a doença. Isso porque, quanto mais cedo detectado, melhores são as chances dos pacientes de um tratamento de sucesso.
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