O Brasil alcançou em 2023 o menor número de nascimentos em quase cinco décadas, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 16 de maio. Ao todo, foram registrados 2,52 milhões de nascimentos, o número mais baixo desde 1976 e uma redução de 0,7% em relação ao ano anterior.
Esse cenário marca a quinta queda consecutiva no número de registros de nascimento no país. Para efeito de comparação, entre os anos de 2015 e 2019, a média anual era de 2,87 milhões de nascimentos. A pesquisa faz parte das Estatísticas do Registro Civil, baseadas em dados coletados em cartórios espalhados por todo o território nacional.
O levantamento também considera nascimentos registrados fora do ano em que ocorreram. Segundo o IBGE, “cerca de 75 mil registros (2,9% do total) foram de nascimentos ocorridos em anos anteriores ou em anos de nascimento ignorado”.
Apesar do recorde de baixa, o instituto destaca que a situação atual reflete melhor a realidade demográfica do país, já que, no passado, “havia maior sub-registro de nascimentos”, o que impactava diretamente na contagem oficial.
Quando analisada a série histórica iniciada pelo IBGE em 1974, os dados de 2023 só superam os de 1976, ano em que foram contabilizados 2,467 milhões de registros. A tendência de redução foi observada em todas as regiões do país, com exceção do Centro-Oeste, que registrou uma alta de 1,1% no número de nascimentos.
Entre os estados, Rondônia apresentou a maior queda (-3,7%), seguida por Amapá (-2,7%), Rio de Janeiro (-2,2%), Bahia (-1,8%) e São Paulo (-1,7%). Por outro lado, nove unidades da federação registraram crescimento, com Tocantins (3,4%) e Goiás (2,8%) liderando esse aumento.