Jogos de azar (Foto: Reprodução)

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Vício em jogos de azar tem tratamento e recuperação pode chegar a 70%, dizem especialistas

Em entrevista a Dr. Kalil, profissionais destacam importância da terapia e apontam uso promissor de medicamentos como a naltrexona

O vício em jogos de azar é uma condição tratável e com boas perspectivas de recuperação, segundo especialistas entrevistados pelo Dr. Roberto Kalil no programa Sinais Vitais, exibido neste sábado (21). Hermano Tavares e Maria Paula Magalhães, especialistas em saúde mental, explicaram que o tratamento envolve terapia, suporte familiar e, em alguns casos, o uso de medicação.

De acordo com Tavares, cerca de 75% dos jogadores que procuram ajuda também apresentam outras condições psiquiátricas, como ansiedade e depressão. “Três em cada quatro jogadores que procurarem tratamento terão a comorbidade psiquiátrica associada e aí você pode tratar isso com medicação”, explicou. Ele destacou ainda o uso da naltrexona, medicamento originalmente indicado para dependência de álcool e opiáceos, que vem mostrando resultados positivos na redução de recaídas em pacientes com compulsão por jogos.

Maria Paula Magalhães reforçou que a psicoterapia é a base de todo o processo de recuperação. “A terapia é o mais importante: a pessoa precisa identificar o comportamento, reconhecer os gatilhos e criar estratégias para evitar as recaídas”, afirmou. Em alguns casos, o controle financeiro por familiares ou amigos também pode ser adotado nos primeiros estágios do tratamento.

Sobre as chances de sucesso, Tavares trouxe dados otimistas: entre cada 10 pacientes que iniciam o tratamento, 7 costumam concluí-lo, e desses, 5 conseguem se recuperar. Ele destacou que a persistência ao longo do processo é fundamental para o êxito: “Com o tratamento adequado, a taxa de recuperação pode chegar a 70%”.

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