Com quase 4 milhões de seguidores apenas em uma de suas redes sociais, Larih Boas é uma das vozes mais fortes entre a geração Z. Dono de um engajamento expressivo, seu nome está atrelado a tendências, autoestima e autenticidade — mas nem sempre sua relação com o próprio corpo foi leve. “Passei por momentos difíceis. Qualquer foto virava um campo de julgamento. E o mais curioso é que muitos dos comentários vinham de outras mulheres”, conta a influenciadora.
“A gente ainda é ensinada a se comparar, a competir, e isso aparece até nas entrelinhas.”
Larih reconhece que tem um corpo considerado padrão e que, para algumas pessoas, sua fala pode soar como contradição. “Eu entendo que pode parecer hipocrisia. Mas justamente por ter um corpo que se encaixa no que a sociedade aceita, é importante dizer: a pressão estética atinge todas nós. A régua está sempre mudando. Nunca é suficiente.”
Essa vivência a levou a repensar seu papel nas redes. Hoje, evita fazer comentários sobre o próprio peso e não aceita mais publicidades de produtos com promessas milagrosas de emagrecimento. “A gente tem que ter responsabilidade com o que compartilha. Já estive nesse lugar de insegurança e não quero perpetuar isso.”
Mais do que estética, Larih fala sobre consciência e escolha. “Quero estar num espaço que acolhe, que celebra. Não que aponta, corrige ou diminui.”
Influenciadora, empresária e referência de estilo, ela transforma sua experiência em um ponto de partida para conversas mais reais — e necessárias — sobre corpo, identidade e liberdade feminina.
