Foquinha recebeu a atriz Tainá Müller no novo episódio do Foquinha Entrevista, videocast coproduzido com a Farra, que foi ao ar nesta quinta-feira (29) no canal do YouTube. A artista e jornalista vive Verônica Torres, protagonista do sucesso da Netflix “Bom Dia, Verônica”, que está na terceira e última temporada.
“À princípio, sim” diz sobre a dúvida de realmente ser o final de “Bom Dia, Verônica”, mas não descarta outras possibilidades: “as coisas sempre podem mudar no streaming. Acho que quem manda muito é o público. Se o público pedir, talvez atendam, talvez não. Até onde eu sei é um encerramento de ciclo mesmo”. A terceira temporada tem 3 episódios, enquanto a primeira e a segunda têm 8 e 6 episódios, respectivamente.
“Quando penso em me despedir da Verônica me dá um [nervoso], ʻmeu Deus, e agora?ʼ”, comenta sobre como está sendo se desvencilhar da personagem após 5 anos, quando começaram as gravações da produção em 2019. Uma forma que Tainá encontrou é mudar o visual – a também modelo contou que irá abandonar o corte atual, usado por Verônica na série, por ser algo que a aproxima ainda mais dela no dia a dia.
Müller também detalhou como se preparou para a personagem. “O José [Henrique Fonseca, diretor e produtor executivo] sempre me deu muito espaço para colaborar na criação e ficou acordado que a gente faria uma Verônica um pouco diferente do livro […] ela era bem mais contraditória, digamos. Agia muito por vaidade, não aquela coisa altruísta que tem na primeira temporada”, explica. “Então voltei cinco passos para trás do que imaginava lendo o livro e pensei desse ponto que ela parte, que é um ponto de idealismo dentro daquela delegacia”, afirma.
Para compreender a dinâmica de uma delegacia, Tainá fez laboratório na Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, em que acompanhou a rotina de uma escrivã, de um investigador, cenas de crimes e o trabalho dos policiais e legistas, além de ter aulas de tiro e luta. “Eu tinha um bebê de 3 anos em casa, que hoje tem 7, ele cresceu vendo uma mãe Verônica. Então eu era obrigada a deixar [os acontecimentos do laboratório e da série] para trás, e acho até que foi uma coisa que salvou a minha saúde mental. Porque se tivesse ficado muito encalacrada naquele universo, teria ficado mal”, comenta. “Esse universo lúdico dele me tirava, e ao mesmo tempo tirei um pouco para a personagem, porque a primeira temporada é um pouco assim”.
Segundo Müller, a segunda temporada foi a mais difícil de gravar, visto os temas que a produção aborda e também a pandemia, e Tainá precisou retomar sua jornada na terapia. “Lembro de uma pessoa da base da produção falando ʻTainá, por favor, não pega COVID. Se você pegar, as pessoas vão ficar desempregadas aqui porque vai parar a produção e a gente está há muito tempo sem trabalhar”, relembra a atriz.
“Eu não podia andar de avião por um protocolo e a gente gravou a maior parte da temporada no Rio […] fiquei sem o meu filho, isolada em casa, só ia gravar e voltava”. Tainá entrou em um estado tão grande de estresse que quando gravou a última cena da temporada caiu aos prantos de joelhos, algo que ela diz nunca ter acontecido antes, por pensar que não conseguiria terminar as filmagens. Veja entrevista completa abaixo: