Adolescência (Foto: Reprodução)

“Adolescência” faz história na Netflix e entra para o Top 3 das séries em inglês mais assistidas de todos os tempos

Com narrativa intensa e técnica inovadora, minissérie britânica conquista mais de 124 milhões de visualizações e desbanca sucessos como Dahmer e Bridgerton.

Adolescência não é apenas uma das séries mais comentadas de 2025 — é agora, oficialmente, uma das mais assistidas da história da Netflix. Com 124,2 milhões de visualizações, a minissérie britânica entrou para o Top 3 das séries em inglês mais vistas de todos os tempos na plataforma, ultrapassando Dahmer: Um Canibal Americano (115,6 milhões). No ranking geral, ela fica atrás apenas de dois pesos-pesados do streaming: Stranger Things – Temporada 4 (140,7 milhões) e Wandinha – Temporada 1 (252,1 milhões).

Um formato ousado que virou fenômeno

Com apenas quatro episódios, Adolescência ganhou destaque não só pelo enredo impactante, mas também por sua execução técnica inovadora: cada capítulo foi filmado em um único plano-sequência, sem cortes aparentes. Essa escolha estética cria uma tensão contínua e mergulha o espectador em uma experiência quase teatral — intensa e visceral.

A performance do estreante Owen Cooper, no papel do jovem Jamie Miller, chamou atenção da crítica e do público. Com apenas quatro horas de duração total, a série conquistou milhões de espectadores, tornando-se um sucesso movido principalmente pelo boca a boca.

Enredo poderoso e atuações de peso

Na trama, Jamie, um adolescente de 13 anos, é preso suspeito de assassinar uma colega da escola. O espectador acompanha os acontecimentos em tempo real, vendo se desenrolar, sem interrupções, a devastação emocional de uma família e os bastidores da investigação policial.

O elenco inclui Stephen Graham (The Virtues), como o pai de Jamie, Ashley Walters (Top Boy), como o detetive do caso, e Erin Doherty (The Crown), no papel da psicóloga Briony Ariston. A direção é assinada por Philip Barantini, conhecido por seu trabalho intenso em Boiling Point, o que reforça o tom claustrofóbico e emocionalmente carregado da narrativa.

Impacto nos rankings e no público

Além da audiência na Netflix, Adolescência brilhou também no ranking da Nielsen: em sua semana de estreia, ficou em 2º lugar entre os originais de streaming mais assistidos nos EUA, somando 907 milhões de minutos assistidos. A série também teve destaque entre adultos de 35 a 64 anos (58%) e espectadores hispânicos (29%), demonstrando seu alcance multicultural e intergeracional.

Com base na métrica de visualizações da Netflix (que considera a divisão dos minutos assistidos pelo tempo total da obra), Adolescência apresenta uma das taxas de conclusão mais altas do catálogo — ou seja, muita gente assistiu tudo de uma só vez.

Um estudo sobre juventude, culpa e trauma

Com esse feito, a minissérie supera sucessos como O Gambito da Rainha e The Night Agent, e mostra que ainda há espaço para obras densas, originais e provocadoras no cenário dominado por grandes franquias.

Mais do que entretenimento, Adolescência é um estudo sensível sobre culpa, juventude e o impacto psicológico de traumas profundos. E, com a segunda temporada prestes a ser confirmada, fica claro que essa história — e seu formato ousado — ainda tem muito o que dizer.

Este site utiliza e armazena cookies.