Cid Moreira e William Bonner (Foto: Instagram)

Confira!

William Bonner relembra momento marcante e conselho de Cid Moreira

William Bonner recorda momentos especiais ao lado de Cid Moreira e fala sobre o impacto do apresentador na sua carreira e no telejornalismo brasileiro.

William Bonner, de 60 anos, prestou uma homenagem emocionante a Cid Moreira nesta quinta-feira (3), dia em que o lendário apresentador faleceu aos 97 anos. Cid, que estava internado em um hospital em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, lutava contra uma pneumonia.

Bonner, que é o atual editor-chefe do Jornal Nacional (JN), já havia usado suas redes sociais para informar sobre a morte do colega e mentor. No programa Encontro com Patrícia Poeta, ele relembrou momentos importantes vividos ao lado de Cid, além de compartilhar histórias sobre o icônico comunicador.

“Para qualquer pessoa que tenha mais de 40 anos de idade, o Jornal Nacional teve aquele rosto ali. Para quem tem menos de 40 anos de idade, talvez o rosto do Jornal Nacional não seja o do Cid Moreira. Mas ele é o rosto e a voz do Fantástico“, destacou Bonner ao comentar sobre a relevância de Cid para o jornalismo brasileiro.

O atual rosto do JN também revelou um lado menos conhecido de Cid Moreira, o seu espírito brincalhão: “O Cid era um grande brincalhão, adorava que brincassem com ele. Quando ele pôde brincar com ele mesmo, a carreira entrou para um outro patamar”, relembrou, referindo-se à fase de Cid no Fantástico.

Bonner continuou sua homenagem relembrando o primeiro impacto que teve ao ver Cid Moreira pessoalmente. “Foi muito estranho ver a figura do Cid de perfil, porque, na época, o Jornal Nacional era feito todo de frente. Quando vi o rosto dele de perfil, fiquei petrificado”, comentou, relembrando o momento na redação de jornalismo.

Outro marco na carreira de Bonner foi ter a chance de dividir a bancada com Cid Moreira no Jornal Nacional. “O segundo momento mais marcante da minha vida foi quando olhei para a minha direita, e vi o Cid sentado à mesma bancada em que eu me encontrava para apresentar o JN. É uma experiência profissional que, quem passou por ela, tem uma certa dificuldade de descrever. Uma figura gigantesca.”

À medida que as homenagens continuavam, Bonner trouxe à tona mais lembranças sobre o colega. Ele falou de um momento especial que sua mãe, já falecida, costumava chamar de “A lavada do Cid Moreira”, em que Cid lia textos no final do Fantástico com um tom mais lírico e reflexivo. “A lavada do Cid Moreira faz parte da minha vida como telespectador, bem antes de um dia sonhar em trabalhar em televisão”, relembrou com carinho.

Para encerrar sua homenagem, Bonner relatou uma interação pessoal com Cid na bancada do Jornal Nacional, onde o veterano apresentador lhe deu um conselho valioso. “Eu estava ao lado do Cid para apresentar o Jornal Nacional, nervoso. Respirei fundo, me virei e falei: ‘Quando foi que você parou de ficar nervoso para fazer o Jornal Nacional?’ E ele: ‘Nunca. É impossível não ficar nervoso fazendo o Jornal Nacional.’ Existem gradações de tensão. Estou em um grau de tensão menor do que o seu, porque faço há muito tempo. O dia em que você não estiver tenso para fazer o Jornal Nacional, você vai errar. Faz parte da nossa função.”

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