Após enfrentar um episódio de surto psicótico agudo que a levou a desistir de um reality em que participou, a influenciadora Vanessa Lopes, de 23 anos, tem usado sua voz para falar abertamente sobre saúde mental. Em entrevista exclusiva à revista Quem, ela relatou como está sendo o processo de compreensão e enfrentamento da sua condição, destacando a complexidade do diagnóstico e a importância do acolhimento.
Segundo Vanessa, o momento que vive atualmente ainda exige cuidado e acompanhamento constante. Ela destaca a seriedade do profissional que a acompanha, o psiquiatra Antônio Geraldo, e explica que um diagnóstico definitivo ainda está em construção.
“Tem certas doenças, certos problemas mentais, que demoram muito para fechar um diagnóstico, e como ele [Antônio Geraldo] é muito sério, ele prefere esperar para lançar certo. Eu até brinco que eu tenho ansiedade, o que realmente é comprovado, mas sobre o episódio, a gente ainda está vendo porque é muito difícil acompanhar [por meio de sessões] em uma hora só da semana da pessoa”, revelou.
Apesar do trauma vivido dentro do reality show, Vanessa reconhece o apoio que recebeu após o ocorrido. Muitas pessoas, segundo ela, se sentiram à vontade para dividir histórias semelhantes, o que reforçou seu desejo de falar mais sobre o tema.
“Várias pessoas que eu conhecia vieram falar comigo ‘eu nunca contei isso para ninguém, além da minha família, mas eu tenho isso e aquilo, estou te contando para você sentir acolhida'”, compartilhou.
Hoje, mesmo ainda em recuperação, a influenciadora demonstra resiliência e um olhar mais esperançoso sobre o próprio processo de cura.
“Acho que quando a gente fala que está bem 100% está mentindo, porque a gente nunca está bem 100%. Mas estou em um momento em que eu estou chocada com o tanto que eu consegui melhorar e passar por coisas difíceis. Quando você está vivendo um momento difícil, não imagina que tem uma solução no futuro, você não consegue enxergar que as coisas vão ficar bem”, refletiu.
Vanessa afirma que deseja transformar sua experiência pessoal em inspiração e apoio para outras meninas, tornando o debate sobre saúde mental mais acessível e menos estigmatizado.
“Você fala sobre o assunto para também normalizar”, concluiu.