A influenciadora digital Romagaga Guidini revelou em suas redes sociais que vai processar Carlinhos Maia, acusando-o de transfobia após o influenciador ter divulgado dados pessoais dela para seus mais de 33 milhões de seguidores no Instagram. Segundo a artista, Maia compartilhou seu “nome morto” — utilizado antes de sua transição de gênero — em um boletim de ocorrência publicado nos Stories, o que, segundo ela, configura crime.
“Pela lei brasileira, sou oficialmente reconhecida como Romagaga Guidini, do sexo feminino. O que ele fez é transfobia, equiparada ao crime de racismo (Lei nº 7.716/89) e passível de prisão. Isso não ficará impune!”, declarou Romagaga.
A humorista afirmou que já tomou as primeiras providências legais com o apoio de seu advogado, registrando um boletim de ocorrência na Delegacia da Diversidade. Ela também revelou que suas informações foram compartilhadas sem autorização e que, além do processo criminal por transfobia, pretende responsabilizar pessoas que enviaram mensagens de ódio e ameaças via WhatsApp.
Vazamento de dados e exposição pública
Romagaga divulgou em seu perfil no Twitter/X uma troca de mensagens no WhatsApp que mostrava o momento em que foi informada do vazamento de suas informações pessoais. Ela lamentou profundamente o ocorrido e enviou um recado direto para Carlinhos Maia:
“Carlos, se você tem algo a resolver comigo ou quer abrir um processo de calúnia, busque os seus advogados e a Justiça. É um direito seu. Mas o que você fez vai muito além de briguinhas de internet, chega a ser desumano. Expor meus dados pessoais, colocando minha segurança e a da minha família em risco, e ainda praticar
A humorista destacou que o episódio trouxe gatilhos profundos, uma vez que sua luta pela identidade de gênero sempre foi um aspecto central de sua trajetória. “Eu lutei uma vida inteira para ser reconhecida como mulher, e sou reconhecida pela lei brasileira como tal. E o senhor, Carlos, vem e faz essa exposição, desmoralizando quem eu sou para o Brasil inteiro. É um absurdo. Transfobia não é opinião, é crime.”
Providências legais e investigação
Segundo Romagaga, a denúncia foi formalizada em 11 de dezembro, logo após a publicação feita por Carlinhos Maia. Ela compartilhou o protocolo do boletim de ocorrência e afirmou que aguarda o andamento da investigação para dar início ao processo judic
“Quero tranquilizar vocês, pois estou bem orientada juridicamente por um advogado. Por isso, demorei um pouco para me pronunciar, já que estou deixando tudo em andamento na Justiça”, concluiu.
Além disso, Romagaga enfatizou que espera que os responsáveis pelos ataques transfóbicos recebam as devidas penalidades legais. “Todos os envolvidos serão penalizados conforme a lei. Justiça será feita!”, finalizou.