Em entrevista para a Folha de São Paulo, o humorista Marcius Melhem expressou sua insatisfação com a demora do processo em que é acusado de assédio sexual por Dani Calabresa e outras mulheres. Ele alegou que sua carreira foi prejudicada nos últimos dois anos e processa a ex-colega de TV por danos morais.
“Não é justiça. É me prejudicar profissionalmente. São quase 30 meses com a carreira parada esperando uma definição. Tempo maior que a pena máxima do assédio que não cometi”, afirmou.
O humorista ressaltou que o processo está sendo conduzido de forma contrária ao usual, com o acusado sendo o primeiro a ser julgado. Ele ainda destacou que a defesa das acusadoras está atrasando a investigação, protelando e adiando o processo para que haja um nó jurídico que lhes dê a chance de alegar que a Justiça é lenta e favorece o homem.
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Ainda na entrevista, o ator disse que Dani Calabresa pediu para prestar um terceiro depoimento sobre o caso e criticou a decisão. “[A estratégia das acusadoras] é não deixar a Justiça andar, para que não sejam analisadas as dezenas de mentiras, omissões e contradições de uma acusação construída em cima de uma narrativa que não se sustenta”.
A defesa da atriz preferiu não se manifestar e afirmou não conceder entrevistas para não expor a estratégia que será utilizada no julgamento.
Já a advogada Mayra Cotta, que representa um grupo de mulheres contra Melhem, argumentou que as vítimas são as maiores prejudicadas com a demora do processo. “É lamentável, embora coerente, que o investigado fale em protelação. Quem está respeitando o sigilo e no aguardo da Justiça são as vítimas, em um angustiante e incompreensível hiato que alimenta a estratégia de exposição pública das vítimas, não raro por meio de veículos sérios de imprensa”, disse a defesa.