A edição de segunda-feira (14) do Fofocalizando, no SBT, foi palco de um bate-boca sutil, mas intenso, entre os apresentadores Leo Dias e Gaby Cabrini. O motivo? Um vídeo publicado por Gil do Vigor em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), que gerou reações divergentes no estúdio. O ex-BBB manifestou sua opinião após as críticas feitas por Jojo Todynho ao sistema público de saúde, o que desencadeou uma série de debates nas redes e na televisão.
Logo após Gaby elogiar a postura de Gil, afirmando que a opinião dele refletia também o que ela pensa, Leo Dias não hesitou em interromper para lançar uma acusação. “Desculpa, com todo respeito ao Gil… Mas ele recebe dinheiro do governo federal. É fácil falar assim. Só do governo de Pernambuco ele recebeu R$ 1,7 milhão para uma campanha. Fica complicado separar isso”, disse o colunista, sugerindo que o posicionamento de Gil pode ser influenciado por interesses financeiros.
Gaby tentou conduzir o debate para outro ponto: “Independente de ter recebido ou não, ele disse algo que é verdade: o SUS é pago com os nossos impostos, e a gente tem, sim, o direito de cobrar por melhorias. Isso não diminui a importância do sistema.” Ela citou ainda um caso pessoal para ilustrar o argumento: “Conversei com uma funcionária do meu condomínio que está há dois anos esperando por uma cirurgia. Isso mostra a urgência de mudanças.”
Mesmo assim, Leo insistiu em destacar o histórico de Gil com o poder público. “Ele já fez campanha para o governo federal e para o estadual. Não estou dizendo que ele está errado em receber, ele foi contratado como garoto-propaganda e tudo bem. Mas aí, quando ele opina sobre o assunto, é natural que a gente pense que pode haver um viés.”
A discussão entre os dois apresentadores seguiu num tom respeitoso, mas revelou tensões sobre o limite entre opinião pessoal e interesses comerciais. Gaby, por sua vez, tentou esclarecer: “O que estamos dizendo é que cobrar melhorias no SUS não significa atacar o sistema em si. E defender o SUS também não deveria invalidar a opinião de ninguém, mesmo que tenha contratos com o governo.”
No encerramento do tema, Leo fez questão de deixar claro que não se tratava de um ataque pessoal ao economista. “Não estou aqui brigando com o Gil, não quero confronto. Só estou apontando que, quando há envolvimento comercial com o governo, a opinião passa a ser vista com outro olhar”, concluiu.