A residência onde viveu Cid Moreira, localizada em Itaipava, na Região Serrana do Rio de Janeiro, não poderá mais ser vendida livremente. A Justiça determinou que qualquer negociação envolvendo o imóvel, avaliado em R$ 2,9 milhões, deve passar por autorização judicial. A medida está relacionada ao processo de inventário do apresentador, falecido em outubro de 2024, aos 97 anos. As informações são da coluna Play, de Anna Luiza Santiago, do O Globo.
A casa estava disponível para venda desde 2020, mas os anúncios foram retirados após o início das disputas sobre a herança. De acordo com o advogado Davi de Souza Saldaño, que representa a viúva Fátima Sampaio Moreira, apenas o juiz poderá autorizar a comercialização do imóvel. Caso a venda seja liberada, o valor arrecadado ficará sob custódia da Justiça até que o conflito entre os herdeiros seja resolvido.
O imóvel está situado dentro de um condomínio cercado pela natureza. A construção ocupa mil metros quadrados e conta com varanda, cinco quartos, piscina, área gourmet e um anexo destinado a hóspedes. O terreno total tem seis mil metros quadrados, com lago e área de mata preservada.
Cid Moreira morreu no dia 3 de outubro de 2024, no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, em decorrência de falência múltipla dos órgãos.
O processo de herança é marcado por disputas entre a viúva e os filhos do apresentador, Rodrigo e Roger Moreira. Ambos foram excluídos do testamento e contestaram a decisão na Justiça. Em 2021, eles chegaram a pedir a interdição do pai, alegando que Fátima estava se aproveitando do patrimônio do jornalista. As acusações incluíam a venda de 11 dos 18 imóveis do apresentador, a transferência de R$ 40 milhões para o exterior e até mesmo cárcere privado. No entanto, o Ministério Público do Rio de Janeiro arquivou o caso em 2023.