Jojo Todynho (Foto Reprodução Redes Sociais)

Famosos

Jojo Todynho só fez a bariátrica graças ao SUS; entenda

Apesar das críticas recentes, a cantora se beneficiou de avanços promovidos pelo SUS, que regulamentou o procedimento e garante suporte a pacientes bariátricos

Em meio a críticas fervorosas ao Sistema Único de Saúde (SUS), a cantora Jojo Todynho reacendeu o debate sobre o acesso à saúde no Brasil. “Só defende o SUS quem tem plano de saúde e não precisa usá-lo”, afirmou a artista em suas redes sociais, gerando repercussão imediata. No entanto, o que muitos não sabem é que foi justamente o SUS que tornou possível a realização da cirurgia bariátrica da qual Jojo se beneficiou recentemente.

Embora o procedimento da cantora tenha sido feito em hospital particular, com equipe médica privada, ele só pôde ser viabilizado por conta da regulamentação da cirurgia bariátrica no Brasil — uma conquista que tem origem direta no sistema público de saúde. A aprovação de um projeto de lei na Câmara dos Deputados, responsável por oficializar o procedimento, foi essencial para que esse tipo de cirurgia se tornasse acessível e legalmente reconhecida no país.

Essa regulamentação, encabeçada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pelo Ministério da Saúde, com fiscalização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), define critérios rigorosos para a realização da cirurgia, como o índice de massa corporal (IMC) e a presença de comorbidades. A legislação também abrange tanto hospitais públicos quanto privados, garantindo a segurança e o padrão técnico exigido para a operação.

Mais recentemente, outra importante medida foi aprovada: o Projeto de Lei 2863/22, em vigor desde 2023, obriga o SUS a fornecer medicamentos e suplementos nutricionais para pacientes bariátricos. Ou seja, mesmo quem realiza o procedimento na rede privada pode contar com apoio do sistema público para sua recuperação. O deputado Osmar Terra (MDB-RS), autor da proposta, destacou que muitos desses insumos já existem no SUS, mas eram inacessíveis aos bariátricos por falta de amparo legal.

Para o cardiologista Dr. Amauri Anselmo Giovelli Júnior, essa é uma vitória concreta. “A obesidade é uma doença que afeta corpo e mente. O SUS reconhece isso e oferece tratamento de ponta para quem mais precisa. Saúde é direito, não privilégio”, pontuou o médico em entrevista à revista Contigo!.

plugins premium WordPress