Jane Sibbett, conhecida pelo papel de Carol Willick em Friends, revelou recentemente ter deixado a carreira em Hollywood para seguir um caminho espiritual. Em entrevista à revista People, publicada nesta quarta-feira (4), a atriz contou que hoje atua como curandeira energética, atividade à qual se dedica há quase três décadas. “Quando trabalho com as mãos dançantes, não sou eu. É a energia da fonte fluindo através de mim, então não sinto nada além de êxtase, alegria e amor quando estou nesse estado”, afirmou.
Na série, Carol foi a primeira esposa de Ross Geller, interpretado por David Schwimmer, e mãe de Ben, o primeiro filho do personagem. O casamento de Carol com Susan marcou a televisão americana como o primeiro matrimônio lésbico exibido na TV aberta.
Atriz apostou em mudança de vida com foco na espiritualidade
Depois de se afastar das câmeras, Sibbett passou a viver em Topanga, na Califórnia, onde morava com o então marido, Karl Fink. Lá, o casal percebeu uma vocação espiritual em comum. Jane passou a reunir mulheres em encontros chamados de “círculos de deusas”, que aconteciam tanto em sua casa quanto em seu rancho. “Elas vinham à minha casa e, mais tarde, ao meu rancho, onde fazíamos grande parte do trabalho. Havia muita atividade espiritual”, relembrou.

A vontade de viver no Havaí acabou levando o casal a se mudar para o arquipélago em 2015. Juntos, eles criaram uma produtora e participavam juntos de festivais como palestrantes. A relação, no entanto, chegou ao fim, algo que a atriz descreve como devastador, dizendo que ficou “de coração partido”. A dor da separação também abriu espaço para uma transformação pessoal, que a guiou de forma definitiva à cura energética.
Nesse novo caminho, Sibbett se aproximou do curandeiro Abdy Electriciteh, com quem trabalhou em um documentário. Foi Abdy quem sugeriu que fizessem eventos juntos. “Foi uma síntese perfeita da minha crença no dom dele e no que ele estava fazendo. Sou muito tímida, então, para mim, entrar no meio de uma multidão e apresentá-lo a todas essas pessoas o dia todo e contar uma história diferente, a cada vez eu começava a sentir como aquela energia da fonte ou energia de Deus estava fluindo através de mim”, relatou. Com o tempo, passou a ser reconhecida por quem a assistia e começou a receber agradecimentos pelas experiências que proporcionava.
As “mãos dançantes” e o despertar do dom
A conexão entre Sibbett e o universo da cura tomou uma nova proporção após um certo acontecimento. “Ele me tocou no terceiro olho e eu desmaiei, entrei em estado de êxtase por cerca de uma hora. Não havia pensamento, não havia medo. Você nem consegue dizer, mas do outro lado, dias depois, era êxtase. Algumas pessoas vieram até mim depois e [disseram]: ‘Vemos esta luz saindo das suas mãos’, porque enquanto eu estava sob [o transe de cura], minhas mãos começaram a dançar”, descreveu.
Foi então que surgiu o fenômeno das chamadas “mãos dançantes”, algo que a atriz conta ter começado de maneira espontânea. “Acordei na manhã seguinte, minhas mãos me acordaram. Elas estavam dançando acima da minha cabeça, e comecei a observá-los com fascínio, de novo, sem medo, sem pensar, apenas observando cada dígito se encaixando. Elas estavam me mostrando como podiam se mover independentemente, sem mim.”
A artista garante que nunca passou por nenhum tipo de treinamento ou formação na área de cura. O dom, segundo ela, apareceu naturalmente, sem instrução externa. “Eu não chamaria isso de Reiki. Minhas mãos simplesmente começaram a dançar porque eu nunca fui treinada em Reiki, então eu nem sabia o que era isso. Eu acredito nisso, eu confio nisso, mas não foi treinado. Isso simplesmente veio à tona, de forma completa, imediatamente. Eu nunca tive aspirações de ser curandeira”, contou.
Mesmo sem formação técnica, Jane reconhece que sua vivência como atriz teve um papel importante em sua nova jornada. O processo criativo da ex-atriz envolvia uma entrega profunda à narrativa, o que a ajudou a se tornar um canal para experiências que hoje descreve como espirituais. Atualmente, ela conduz sessões individuais e em grupo pela internet, além de retiros itinerantes. Também está à frente do projeto Noon Miracles, uma plataforma digital que conecta artistas, curadores e contadores de histórias com o objetivo de compartilhar experiências transformadoras.