A série Senna, da Netflix, está provocando discussões entre fãs ao revelar que a família do piloto teria pedido que os roteiristas “boicotassem” a história de Ayrton com sua última namorada, Adriane Galisteu. Curiosamente, a própria apresentadora antecipou esse cenário em 1998, durante uma entrevista concedida à jornalista Marília Gabriela no programa De Frente Com Gabi (SBT), apenas quatro anos após a morte de Senna.
Na ocasião, Galisteu comentou sobre o relacionamento com o piloto e a relação complicada com a família dele. “Eu acho que não vai ter imagem reservada para mim nesse filme”, declarou. Ela foi além, dizendo: “Se eu tivesse que dar uma opinião, seria diferente. Eu tenho quase certeza que não vai ter o papel, vai ser diferente e, na verdade, ficção, porque não vai ser, na verdade, o que aconteceu na vida real do Ayrton, não vai passar pelo filme.”
A previsão de Galisteu acabou se concretizando. Na série da Netflix, a história de amor entre Senna e Xuxa Meneghel, que ocorreu entre 1988 e 1990, ganha destaque, enquanto o relacionamento de mais de um ano com Adriane é completamente ignorado. Esse apagamento não é inédito: no documentário Senna por Ayrton, do Globoplay, a trajetória da ex-modelo também foi omitida, reforçando as antigas tensões entre Galisteu e a família do piloto, que, segundo relatos, nunca aprovou o namoro.
A exclusão reacende um debate sobre as narrativas em torno do legado de Ayrton Senna e as disputas sobre como a vida pessoal do tricampeão mundial de Fórmula 1 é retratada.