Júlia Soares, uma ginasta curitibana de apenas 18 anos, está brilhando em sua estreia nas Olimpíadas de Paris, na França, apesar de ainda não ter conquistado sua primeira medalha individual. Antes de alcançar os holofotes, Júlia enfrentou um passado difícil no esporte, chegando a vender bombons para financiar suas competições.
Em entrevista à Folha de São Paulo, Jackson Soares, pai da atleta, revelou que a família passou por grandes dificuldades para custear as viagens e competições de Júlia. Para ajudar com esses custos, a jovem não apenas vendeu bombons, mas também realizou rifas e, em momentos de maior necessidade, recorreram a pedidos de dinheiro pela internet.
Jackson mencionou que sempre apoiou o sonho da filha, especialmente após uma profecia recebida na igreja durante sua infância. Ele relembra: “O pastor pegou nas mãozinhas da Julia, calejadinhas e falou: ‘Você vai ser o orgulho da nação’. Se Deus fez essa promessa para a vida dela, ele vai fazer acontecer”.
Graças ao apoio das vaquinhas online e ao esforço contínuo da família, a situação de Júlia melhorou significativamente quando ela foi descoberta por sua treinadora aos quatro anos e entrou para a Seleção Brasileira. Embora a bolsa que recebia fosse equivalente a um salário mínimo, isso já era suficiente para cobrir os custos das competições, eliminando a necessidade de financiar por conta própria.