Estudante (Foto: Freepik)

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Estudantes reclamam de regra que permite usar nota antiga do Enem

Estudantes estreantes afirmam que a liberação para notas de edições anteriores aumenta a dificuldade de ingresso e favorece candidatos experientes

O Ministério da Educação informou nesta segunda-feira (3) que o Sisu 2026 permitirá o uso das notas das três edições mais recentes do Enem. A medida autorizará a participação de candidatos que prestaram o exame em 2023, 2024 e 2025, desde que o participante não tenha realizado o Enem como treineiro.

A pasta explicou que cada concorrente poderá escolher a pontuação que alcançar a melhor média ponderada para o curso pretendido. A mudança foi anunciada antes da realização do Enem 2025, que ocorrerá em 9 e 16 de novembro e reunirá aproximadamente 4,8 milhões de inscritos, incluindo 1,8 milhão estudantes matriculados no terceiro ano do ensino médio.

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A decisão provocou insatisfação entre participantes que fazem o Enem pela primeira vez, com alegações de que a regra ampliará a concorrência em cursos mais disputados e dará vantagem a quem já fez a avaliação anteriormente. Um abaixo-assinado no site Change.org reúne mais de 27 mil assinaturas contra a novidade.

“Ao permitir o uso das notas dos três últimos anos, estaremos abrindo espaço para que aqueles com mais recursos tenham maior vantagem, seja pela possibilidade de cursos preparatórios repetidos, seja pela simples oportunidade de tentar inúmeras vezes até conseguir a nota desejada”, diz o texto de Ana Amelia Lima, criadora da petição.

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Outra preocupação envolve comparações entre provas de anos diferentes. De acordo com especialistas consultados no debate público, o modelo de correção do Enem, baseado na Teoria de Resposta ao Item (TRI), viabiliza essa comparação entre edições distintas.

O MEC argumenta que a atualização busca ampliar o preenchimento de vagas oferecidas em universidades públicas. Em 2024, o Sisu ofertou cerca de 264 mil vagas e 23 mil oportunidades permaneceram sem concorrentes no primeiro processo seletivo, com quase 40% delas vinculadas a cursos de Licenciatura. A expectativa da pasta consiste em reduzir esse número com a presença de um volume maior de candidatos.

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