O investimento em ações sociais por empresas e instituições no Brasil registrou um crescimento robusto de 19,4% em 2024, atingindo um volume total de mais de R$ 6,2 bilhões destinados a ações de impacto social.
Este resultado, apurado pela pesquisa Benchmarking do Investimento Social Corporativo (BISC) 2025, da Comunitas, representa o maior patamar da série histórica, ficando atrás apenas do ano de 2020, que contou com recursos extraordinários para mitigar os efeitos da pandemia de COVID-19. O motor desse crescimento foi, principalmente, o aumento dos recursos próprios das organizações, que subiram 35%, somando R$ 4,79 bilhões.
+ LEIA TAMBÉM: Indústria deve usar 40% de plástico reciclado em embalagens até 2040
Em relação às prioridades de investimento, temas como Educação e Cultura continuam no topo das escolhas. No entanto, houve um avanço notável na importância dada à inclusão produtiva e qualificação profissional, uma resposta direta à carência de mão de obra qualificada no país.
Outra área que se tornou unânime em 2024 foram as ações urgentes voltadas para as emergências climáticas, com as empresas reconhecendo que é necessário atuar não apenas na resposta humanitária, mas também na prevenção e adaptação a longo prazo.
Os jovens seguem como o grupo populacional prioritário, dada a preocupação com o “apagão de talentos” em um contexto de alta desigualdade social. Quanto ao modelo de atuação, a tendência é de um avanço no modelo financiador (apoiando projetos de terceiros) e no co-investimento (alianças e parcerias).
As empresas têm compreendido que a atuação isolada não é suficiente, buscando unir esforços com suas cadeias de valor e setores para resolver problemas sociais de grande escala. Setorialmente, o volume total tem se pulverizado mais nos últimos anos, com a indústria ganhando peso e se equiparando ao setor de serviços.