Milho (Foto: Pixabay)

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Situação do milho preocupa com perda de produtividade e preço estagnado

Produtores ficam em alerta com momento atual

De acordo com a análise semanal da CEEMA, os preços do milho permanecem estáveis no Brasil. Na média gaúcha, o valor atingiu R$ 51,57 por saco na última semana, enquanto nas principais praças locais ficou em R$ 50,00. Em outras regiões do país, os preços variaram entre R$ 37,00 e R$ 55,00 por saco.

É importante ressaltar que diversas áreas, como Paraná, sul do Mato Grosso do Sul e sul de São Paulo, estão enfrentando problemas climáticos que afetam a safra de milho safrinha, resultando em perdas de produtividade consideráveis para os produtores. Quanto ao milho verão, 82% da área já estava colhida até o final de março, conforme dados da AgRural, com o Rio Grande do Sul alcançando 76% da área colhida, superando a média histórica de 72%, de acordo com a Emater/RS.

No cenário nacional, as projeções para a colheita final de milho no Brasil estão diminuindo. A safra de verão é esperada atingir 24 milhões de toneladas, representando uma redução de 13,7% em comparação com o ano anterior. Para a segunda safra, a estimativa é de 90,9 milhões de toneladas, uma queda de 16,3% em relação ao ano anterior.

Combinando as duas safras, o volume final seria de 114,9 milhões de toneladas, uma redução de 15,8% em comparação com o ano anterior. Em áreas do oeste do Paraná, relatos da Datagro Grãos indicam perdas totais de milho em algumas propriedades, enquanto muitas outras sofrem perdas de até 50%.

Analistas preveem safra de milho safrinha abaixo de 85 milhões de toneladas este ano, resultando em declínio significativo na produção total de milho no Brasil em 2023/24, de acordo com o Brandalizze Consulting. Geralmente, as expectativas são de uma safrinha entre 85 e 96 milhões de toneladas. Além do clima, pragas como a cigarrinha e a mosca branca também estão afetando os milharais em várias regiões.

De acordo com o Imea, o consumo de milho em Mato Grosso atingirá 14,7 milhões de toneladas, principalmente para a produção de etanol, representando um aumento de 6,3% em relação ao ano anterior. A fabricação de etanol sozinha pode consumir 11,6 milhões de toneladas. Por outro lado, a demanda de outros estados pelo milho mato-grossense e as exportações devem diminuir em 22,1% e 18,3%, respectivamente. Isso resulta em uma redução de 12,1% na expectativa de demanda de milho do Mato Grosso, totalizando 44,5 milhões de toneladas em 2023/24. Apesar da diminuição na produção, o estoque final de milho em Mato Grosso deve cair para 785.170 toneladas, uma redução de 61,1% em relação ao final de 2022/23.

De acordo com a Famasul, o plantio da safrinha em Mato Grosso do Sul atingiu 83,7% da área esperada até o início de abril, o que está em linha com o ano anterior. As condições das lavouras são variadas, com 73% classificadas como boas, 16% como regulares e 10% como ruins. A área total plantada no estado será de 2,2 milhões de hectares, uma redução de 5,8% em relação ao ano anterior. A produtividade média prevista é de 86,3 sacos por hectare, representando uma queda de 14,2% em comparação ao ano anterior. Isso resultará em uma colheita estimada de 11,4 milhões de toneladas, uma redução de 19,2% em relação ao ano anterior.

Fonte: Agrolink

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