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Chuvas tem impacto positivo em segunda safra de milho no centro-oeste

Plantio é favorecido com maior umidade do solo

De acordo com a EarthDaily Agro, empresa especializada em sensoriamento remoto por meio de imagens de satélite, embora a umidade na maior parte do Centro-Oeste esteja abaixo da média, as chuvas registradas nos últimos 10 dias, que ultrapassaram 80 milímetros, foram favoráveis para o início do ciclo da segunda safra de milho.

Em fevereiro, a umidade do solo em Mato Grosso é mais alta do que no último bimestre de 2023, quando começou o ciclo da soja. A produtividade média prevista para o milho segunda safra é de 112,3 sacas/hectare, 2% menor que na safra anterior, mas 5,2% maior do que a estimativa atual da Conab. Para a soja, há uma queda significativa na produção: mais de 70% nas áreas plantadas em setembro e de 10% a 20% nas lavouras semeadas a partir de novembro, com uma estimativa de quebra de 17,6% sobre a safra anterior, resultando em uma produtividade média de 51,8 sacas/hectare.

Em Goiás, a EarthDaily Agro prevê uma queda na produtividade do milho segunda safra e da soja em comparação com a temporada passada. A soja enfrentou um início seco, mas as chuvas posteriores melhoraram a umidade do solo, reduzindo as perdas. Visitas às fazendas revelaram uma grande disparidade na produtividade, variando de 45 a 85 sacas por hectare, devido à época de plantio e tecnologia utilizada.

A empresa manteve uma perspectiva pessimista sobre o potencial produtivo das lavouras de soja devido à considerável queda no índice de vegetação, especialmente a partir da segunda metade de janeiro. A estimativa é de uma média de 59,4 sacas por hectare, o que representa uma redução de 8,7% em relação à temporada passada.

No Mato Grosso do Sul, a umidade do solo baixa não afeta negativamente o milho segunda safra, com projeção de 88,8 sacas/hectare pela EarthDaily Agro, 4% acima da estimativa da Conab. A soja também apresenta perspectivas favoráveis, com a menor queda no Centro-Oeste e propriedades com uniformidade no cultivo. O índice de vegetação indica um cenário mais positivo comparado a anos anteriores, prevendo uma produtividade de 59,2 sacas/hectare, 4,6% menor que na safra anterior, segundo análise da EarthDaily Agro.

A redução da umidade do solo afeta negativamente as lavouras nos estados do Sul, São Paulo e parte de Minas Gerais, especialmente o milho safrinha, com início desfavorável. No Paraná, a seca instalada pode impactar a segunda safra, com projeção de 87,9 sacas/hectare pela EarthDaily Agro, 11,3% menor que na safra passada. O NDVI confirma a redução no potencial produtivo da soja, estimada em 54,6 sacas/hectare, 15,1% abaixo da temporada anterior.

Já no Rio Grande do Sul, o pessimismo persiste. O analista de safra da EarthDaily Agro, Felippe Reis, observa uma leve melhora na umidade do solo e nos valores de NDVI nos últimos dias. No entanto, o índice de vegetação da soja permanece abaixo do ano ruim de 2020. A projeção para a soja é de 45,2 sacas/hectare, 17,3% menor do que a estimativa atual da Conab.

Nos próximos dez dias, tanto o modelo europeu (ECMWF) quanto o americano (GFS) preveem temperaturas abaixo da média na maior parte do país, com chuvas esperadas no Sudeste e parte do Centro-Oeste. No entanto, o Sul deve permanecer seco em sua maior parte.

*Fonte: EarthDaily

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