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Bahia recebe investimento do setor agrícola em infraestrutura

Agronegócio da região oeste corresponde a 25$ do PIB do estado

O ciclo produtivo agrícola não se completa apenas com a produção, mas também com a comercialização, que garante retorno financeiro aos produtores rurais, possibilitando o reinício do ciclo. Para que esse processo funcione de maneira eficaz, diversos fatores são cruciais, sendo a infraestrutura e a logística dois dos mais importantes.

Na Bahia, o maior produtor de grãos do Norte/Nordeste e o segundo maior na produção nacional de algodão, o oeste baiano é uma região onde o agronegócio floresce, correspondendo a 25% do PIB do estado. No entanto, a redução das distâncias e a disponibilidade de vias de transporte de qualidade para suprimentos e produção agropecuária sempre representaram desafios significativos nessa região.

Os produtores rurais, representados pela Aiba, investem recursos próprios e do Prodeagro para melhorar as estradas utilizadas. Eles também recebem apoio da Patrulha Mecanizada da Abapa, do IBA e contam com a parceria do governo do Estado.

O presidente da Aiba, Odacil Ranzi, afirma:  “Pensando no bem comum, os produtores rurais da região Oeste da Bahia, representados pela Aiba e Abapa, têm investido recursos próprios, contado com o apoio do Prodeagro e firmado muitas parcerias com o governo do Estado e prefeituras”.

Ele completa: “O resultado desse empenho tem reflexos em benfeitorias para a região, como pavimentação asfáltica, recuperação e manutenção da malha vicinal, construção e reformas de pontes e o melhoramento do acesso às fazendas para entrada e saída de insumos, e escoamento seguro da produção agrícola da região a outros centros”.

Estradas Pavimentadas:

  • A extensão territorial do Oeste Baiano e sua ampla malha vicinal demandam constante manutenção devido ao fluxo de escoamento da produção e ao rápido desenvolvimento da região.
  • Nos últimos três anos, foram pavimentados 265 km de estradas com asfalto.
  • O gerente de Infraestrutura da Aiba, Luiz Stahlke, comenta que essas iniciativas têm reduzido o custo do frete, valorizando mais o produto e tornando a região Oeste mais competitiva.

Manutenção de estradas:

  • Durante o período chuvoso, a maioria das estradas vicinais tornam-se intransitáveis, causando prejuízos aos produtores de grãos e fibras.
  • Desde 2013, os produtores rurais realizam a manutenção e recuperação de estradas, recuperando cerca de 3 mil quilômetros, beneficiando 43 estradas nas regiões produtoras.
  • Entre 2021 e 2022, foram recuperados 560 km de estradas, em parceria com a Patrulha Mecanizada da Abapa, realizando serviços como levantamento de leito, cascalhamento da base e construção de bacias de contenção da água das chuvas.
  • Foram feitas melhorias no acesso à região Coaceral, incluindo a adequação da serra em Formosa do Rio Preto.

Construção e reforma de pontes:

  • A construção de pontes proporciona caminhos mais rápidos, seguros e menos onerosos para acessar regiões agrícolas e centros urbanos.
  • Recursos do Prodeagro foram investidos na reforma e construção de diversas pontes em várias regiões, melhorando a conectividade.
  • Pontes sobre os rios Preto e Sapão, Riachinho, Rio de Pedras, Galheirão, Pratudinho, Pratudão, e Rio de Janeiro foram construídas ou reformadas.
  • A ponte sobre o Rio Grande em Gado Bravo está em fase de conclusão, enquanto a ponte sobre o Rio Formoso entre Cocos e Jaborandi foi totalmente reformada.

BRs não concluídas:

  • A Aiba tem buscado resolver problemas de infraestrutura, como trechos não asfaltados na BR 135, entre São Desidério e Correntina, e na BR 030, entre Mambaí (GO) e Cocos (BA), pressionando representantes políticos para solucionar esses problemas.

Ferrovia de Integração Oeste-Leste:

  • A Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) representa uma nova era no transporte de cargas no Brasil, conectando o Porto de Ilhéus, no sul da Bahia, à Ferrovia Norte-Sul, com um entroncamento previsto em Figueirópolis (TO).
  • A Fiol promete otimizar o escoamento da produção do oeste baiano, impulsionar o comércio exterior e fortalecer o mercado interno.
  • Estima-se que a ferrovia transporte aproximadamente 10 milhões de toneladas de grãos e fibras.
  • O lote 2 da Fiol está atualmente em fase finalização, enquanto as obras do lote 1 estão programadas para serem retomadas ainda neste ano.

Fonte: Summit Agro Estadão

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